Coluna do dia

Esquizofrenia esquerdista

Da reunião do diretório nacional do PT, esta semana, nasceram duas resoluções. Uma tergiversa, bem superficialmente, sobre a corrupção que grassou no país durante a era petista (culpando os partido tradicionais e os empresários); e a outra, talvez ainda mais emblemática, estabeleceu condições gerais para as alianças da legenda no pleito municipal deste ano.

Neste documento, os petistas de alto coturno afirmam que o partido se compromete a não estar junto de legendas que apoiaram o “golpe” (processo de abertura de impeachment constitucionalmente previsto e com rito definido pelo STF). A prioridade para dividir os palanques Brasil afora neste ano santo de 2016 será com o PCdoB e com o PDT, partidos que ficaram na mesma trincheira petista. Tudo certo. Afora o fato de que dois parágrafos depois, o documento abre a possibilidade de petistas e peemedebistas formalizaram chapas à eleição municipal. O que não fecha é que o PMDB votou maciçamente, tanto na Câmara como no Senado, favoravelmente à abertura do processo e, consequente, afastamento da ex-mãe do PAC. Sintoma de esquizofrenia?

 

Alvo

Aliás, o PT e seus aliados já começaram os ataques ao presidente interino (classificado de golpista por eles), Michel Temer. Que, vejam só, é do PMDB! A celeuma em cima da bem-vinda extinção do Ministério da Cultura, que só fazia distribuir verbas milionárias a artistas engajados, seria cômica se não fosse ridícula.

 

Cota de SC

Pioneira no movimento de desembarque do ex-governo Dilma, a seção catarinense do PMDB, através da bancada federal, vem mantendo conversas com o ministro Eliseu Padilha, nomeado por Michel Temer para pilotar o balcão de cargos e emendas. Além de retornar aos espaços que já tinham, presidência e diretoria da Eletrosul, e a presidência da Embratur; os catarinenses estão na expectativa de assumir a Secretaria Nacional de Defesa Civil.

 

Estado do clima

Faz sentido, até porque o Estado é, de longe, o mais assolado por desastres naturais e catástrofes climáticas no Brasil. Outro pleito do Manda Brasa é a Secretaria Nacional dos Portos. Também tem tudo a ver com Santa Catarina, que conta com a maior rede portuária do país: seis terminais.

 

Ancorado

Mas no caso da Secretaria de Portos, esbarra-se no poderio político e portuário de São Paulo. Santos é o maior porto da América Latina e tem uma vinculação política de longa data com o presidente interino, Michel Temer.

 

PSD em Blumenau

Como o partido tem tudo para não lançar candidato em Criciúma, onde pode indicar o vice do deputado Cleiton Salvaro (PSB); e em Florianópolis onde César Jr. já jogou a toalha nos bastidores; a articulação, que estaria em curso, para que os pessedistas indiquem o vice do prefeito tucano de Blumenau, Napoleão Bernardes, tem tudo para não prosperar. O PSD é o partido do governador e do presidente da Alesc e se ficar fora da cabeça de chapa na cidade do Vale, estaria sem candidato a prefeito em três das seis maiores cidades. Contexto que se tornaria desfavorável ao projeto majoritário do partido em 2018.

 

Pintados pra guerra

A eventual entrada de Angela Amin na disputa eleitoral de Florianópolis vai acirrar ainda mais os ânimos no PMDB. O partido vai para a guerra. É notória a importância do pleito na Capital com vistas a 2018. Com Angela no páreo, o raciocínio é o de que haverá uma mobilização partidária ainda  maior para evitar que um membro da família Amin retorne a um cargo majoritário.

 

 

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