Blog do Prisco
Manchete

EUA vão emparedando o regime

Lula da Silva teve uma primeira oportunidade de interagir com Donald Trump. Foi um contato telefônico de 30 minutos.
O Palácio do Planalto era pura euforia. Todos qualificando a conversa como algo espetacular, que tem tudo para restabelecer as relações entre os dois países. Santa ingenuidade. Ou mau-caratismo mesmo.

Ora, o que de concreto saiu da conversa entre os dois presidentes? Absolutamente nada. Apenas uma péssima notícia, de que, daqui pra frente, quem vai estar negociando pelo governo americano é o secretário de Estado, Marco Rubio.
Notícia terrível para o Brasil.

De origem cubana, Rubio sabe bem como funcionam os regimes comunistas. Ele tem sérias, seríssimas restrições ao governo Lula e uma posição ideológica diametralmente oposta.
Além de ser filho de cubanos, Rubio é senador da República, convocado que foi por Trump para a secretaria de Estado.

Linha dura

Ou seja, nada promissoras as perspectivas em relação às negociações futuras.
Por que Trump não indicou o secretário de Tesouro? Seria muito mais plausível, palatável. Afinal, o que está na mesa são questões relacionadas ao comércio.

Mãos abanando

Mas Trump indicou o secretário de Estado.
Sem contar que Lula da Silva foi para uma conversa sem acenar com nenhum ponto capaz de levar ao entendimento diante das tarifas impostas pelo governo americano.
Lula não ofereceu nada.

Papelão

E o pior: ainda fez um pedido para o qual Trump fez cara de paisagem, fez de conta que não ouviu.
Colocado que foi de volta à cena do crime por algumas supremas togas, Lula teve a cara-de-pau de pedir que o líder dos EUA reavaliasse as sanções contra autoridades brasileiras alcançadas em várias frentes, com suspensão de passaportes, até de ministros de Estado, além de ministros do Supremo — mas, sobretudo, as sanções financeiras contra Alexandre de Moraes e familiares.

Poder único

Afinal de contas, o que o Planalto tem a ver com o Supremo?
Não são poderes independentes, que convivem harmoniosamente numa democracia? Tudo balela.

Todo mundo sabe que o consórcio está a todo vapor.
Foram alguns supremos que tiraram o homem da prisão, o descondenaram, ajudaram a elegê-lo e hoje o cidadão que deveria ser o presidente da República é um preposto do Supremo.

Lorota

Eles, contudo, seguem alegando que os poderes são independentes, que uma coisa não tem a ver com a outra e blábláblá.
Por que então a deidade vermelha foi pedir que Trump reavaliasse as sanções?

Traído pela língua

Se os poderes são harmônicos e independentes, então ele próprio cai nas contradições do que fala e do que faz.
Trump, evidentemente, não vai tirar sanção nenhuma.
Pelo contrário.

Agora, com Marco Rubio no circuito, a tendência é recrudescer.
Soma-se a isso o fato de o norte-americano ter tomado a iniciativa de um contato telefônico — o que já desmobiliza um pouco essa conversa, esse discurso, essa narrativa que hoje é o que alimenta o governo do PT e Lula da Silva: a tal “defesa da soberania nacional”.

Olho no olho

A verdade é que o telefonema não passou de um tiro no pé.
Parece que os dois vão ter um encontro no final do mês, na Ásia, em um evento que vai reunir chefes de Estado.

Fogo baixo

Oportunidade na qual Trump e Lula poderão conversar pessoalmente.
O presidente dos EUA só está cozinhando Lula em banho-maria.
É só desgaste atrás de desgaste.

Por fora

Como dizia o engenheiro Leonel de Moura Brizola, “vai a papinha, o mingau e vamos comendo pelas beiradas.”
Quando eles perceberem, estarão completamente imobilizados e engessados, porque o objetivo de Trump — além do tarifaço e das sanções — é emparedar o consórcio.

A ideia é imobilizá-lo também no contexto político, a ponto de chegar em 2026 literalmente caindo pelas tabelas.

foto> Getty Images, divulgação

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