Blog do Prisco
Manchete

Falta menos de um ano

Já começou a contagem regressiva. As eleições do ano que vem serão em 4 de outubro. Ou seja, já ingressamos na primeira semana pós o aniversário de um ano para o pleito, tão aguardado nos estados e, também, no país.
Em Santa Catarina, como está o quadro? Até agora, é uma eleição, diferentemente de 2022, com pouquíssimos candidatos ao governo. É preciso apreciar quem, efetivamente, é candidato.

O vereador da Capital, por exemplo, Afrânio Boppré(PSOL), é um nome para compor ao Senado como segundo nome na chapa, que tem tudo para ser única, da esquerda catarinense.
Marcos Vieira não passa de uma grande brincadeira. O PSDB, partido do deputado, hoje tem apenas o seu mandato e ele não é candidato à reeleição.
Geovânia de Sá, federal, vai para o Republicanos.
Vicente Caropreso, estadual, tem tudo para assinar no União Brasil.
O PSDB simplesmente não existe mais. Dos poucos prefeitos eleitos, talvez a legenda fique com uma meia dúzia, todos de municípios de pequeno porte.

Nome petista

Fora isso, pelos movimentos das últimas semanas, mais especificamente dos últimos dias, se observa, claramente, que Fabiano da Luz tem tudo para ser o candidato do PT ao governo.
Ele tem feito vídeos, procurando estabelecer um contraditório com o próprio governador Jorginho Mello.

História

O petista é deputado estadual, líder do PT na Assembleia, e assumiu, recentemente, a presidência do partido no estado.
Décio Lima já disputou em 2018, literalmente sozinho, oportunidade na qual fez uma votação bisonha.

Golpe de sorte

Em 2022, com o apoio de todos os partidos de esquerda, Décio chegou ao segundo turno.
Não por sua própria força — contou com um empurrão de Lula da Silva, seu amigo e compadre, que concorria à Presidência, mas, sobretudo, porque houve cinco candidaturas conservadoras.

Raspando

Contexto no qual ele conseguiu, com pouco mais de 1% dos votos de vantagem sobre o então governador e candidato à reeleição, Carlos Moisés, carimbar o passaporte para o segundo turno.
Décio Lima não vai para uma terceira disputa. Até porque nem o PT e nem a esquerda apresentam qualquer perspectiva eleitoral de conquistar o governo.

Direita

Nem em 2026 e nem nunca. Temos repetido aqui que o catarinense é um eleitor de perfil majoritariamente conservador e tem juízo.

Alvo

Então Décio Lima, evidentemente, vai buscar o Senado, na expectativa de beliscar o segundo voto.
Se houver uma proliferação de candidaturas conservadoras, o petista tem chances de conseguir uma eleição ao Senado, assim como conseguiu alcançar o segundo turno em 2022.

Haja voto

Mesmo assim, é uma empreitada muito difícil.
Porque, para Décio Lima, mesmo no segundo voto, em busca da segunda vaga, fazer 20% é um desafio.

Polarização

Então, tudo o que já foi dito acima é para resumir no seguinte: hoje existem praticamente duas candidaturas ao governo de Santa Catarina.
Ao natural, a reeleição de Jorginho Mello.
Além dele, vemos o petista Fabiano da Luz.

Cambaleante

A candidatura de João Rodrigues depende, fundamentalmente, de uma candidatura de Ratinho Júnior à Presidência da República.
Sem isso, João “Verdade” não para em pé em seu intento de suceder a Jorginho.

Boquirroto

A grande verdade, sem trocadilhos, é que João Rodrigues é ruim — mas bota ruim nisso — como candidato.

Desequilíbrio

É um cidadão que perde as estribeiras, que não tem equilíbrio emocional.
É movido pelo fígado e não consegue manter esse projeto, que já está colocado há mais de um ano, de pé.
Objetivamente é isso.

Isolamento

João não tem nenhuma sigla atrelada ao seu projeto, aliás, ele não tem o partido dele inteiro.
Mais do que isso, ele não consegue construir um discurso capaz de sensibilizar o eleitorado.
O prefeito de Chapecó não tem sequer nomes para compor sua chapa majoritária.

A laço

Senão vejamos: quem seriam os candidatos a vice e às duas vagas ao Senado?
Eron Giordani, que é o presidente do partido, teria que concorrer ao Senado, tendo o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, de vice.

Quem?

Ainda assim, vão ter que encontrar, talvez fazer um concurso público, para tentar arrumar um segundo candidato ao Senado.
Então, João “Verdade” não tem a menor chance.
Só que ele vai deixar o partido muito mal.

Metralhadora

Porque, nesse período todo, de mais de um ano em que ele está nessa ideia maluca de candidatura, o pessedista acionou meios nada convencionais para tentar minar a reeleição de Jorginho Mello.
Significa que ele não estará na chapa do governador.
A coisa caminha de tal maneira que o PSD, muito provavelmente, não poderá compor a majoritária.

Dependência

Como é que vai ser?
Se Ratinho for candidato, que é pouco provável, João vai dar palanque em SC.
Mas, se o paranaense não se lançar nessa aventura nacional, o que é provável, como fica o “projeto” do prefeito chapecoense?
Ele vai renunciar à maior prefeitura do grande Oeste catarinense, a Capital do Oeste, para entrar numa eleição na qual ele tem tudo para perder — até para o candidato da esquerda, inclusive.

Regional

Lembremos que Fabiano da Luz também é do Oeste.
Assim como o Jorginho Mello.
Teríamos então três candidatos do Oeste — região que nunca havia eleito um governador, o que ocorreu em 2022.
Portanto, em 2026 poderemos ter três candidatos ao governo.
Todos do Oeste.

Projeção

Neste cenário, João será candidato para levar uma sova?
Uma surra?
Se ele desistir, seguirá como prefeito.

Ao léu

E aí, como é que ficam as chapas proporcionais do PSD à Câmara e à Assembleia?
Não seria um absurdo se, por exemplo, Ismael dos Santos seguir os caminhos de Ricardo Guidi e de Darci de Matos.
Não sobraria ninguém no PSD com mandato federal.
Ou seja, eles teriam dificuldades para eleger um federal e repetir os três estaduais.

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