Antes de entrarmos no vídeo propriamente dito, algo precisa ficar registrado e patenteado: a esmagadora maioria dos catarinenses já era de direita e anti-quadrilheiros muito antes de Jair Bolsonaro pensar em ser presidente da República.
Também é preciso lembrar que a falta de um mínimo de estofo e de habilidade política da família que se julga a dona do conservadorismo nacional – mas não é -, foi fundamental para tirar a deidade vermelha da cadeia, viabilizando que o sistema o levasse de volta à cena do crime para ficarmos nas palavras do atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ex-picolé de chuchu. Nessa época, o paulista ainda guardava alguma aparência de originalidade. Hoje não passa de mais um fantoche adestrado, e bem pago, evidentemente, pela organização. Ou já esqueceram?
Dito, isto vamos ao vídeo de Flávio Bolsonaro, senador da República e filho mais velho do ex-presidente. Gravado para tentar apaziguar os ânimos entre algumas das principais figuras do PL catarinense.
Em tom surpreendentemente ponderado e assertivo para um Bolsonaro, Flávio tem razão quando diz que estamos em guerra contra o que há de pior no Brasil. Repete que é cristão, mas esquece de dizer que a verdadeira batalha do cristão não é contra a carne e o sangue, mas contra as hostes da maldade nas regiões celestiais.
Flávio tenta fazer, e nesse aspecto saiu-se bem verbalmente, o papel de bombeiro ante a carnificina estabelecida no bolsonarismo – não no conservadorismo catarinense – depois da imposição ditatorial do nome de Carlos Bolsonaro ao Senado na chapa de Jorginho Mello.
A leitura dele faz sentido no contexto da guerra e da liderança de Bolsonaro. Isso não será esquecido como também não podemos esquecer que a soberba, a arrogância e os arroubos da prole Bolsonaro foram, vamos repetir, fundamentais para que a esquerda avançasse no seu plano absolutista, via o espúrio consórcio STF-Planalto.
Curiosamente, Flávio não cita os nomes de Carlos De Toni e Esperidião Amin. Ou seja, parece, propositadamente, esquecer que há belíssimos nomes ao Senado por Santa Catarina. Conservadores na essência.
Amin, se não é o melhor, está entre os três melhores senadores da República. Foi prefeito da Capital quando a maioria dos bolsonarinhos ainda não existia. E já era de direita e conservador. Os líderes catarinenses de direita não precisam de dono, de patrão e muito menos de general. Não por acaso, Santa Catarina é, disparado, o melhor estado desta patética federação. Então, não precisamos de professores virtuais, lacradores na essência, para nos ensinar o caminho. O modelo catarinense, desde há muito, é o caminho para o Brasil.
Carol De Toni é uma estrela – que deu uma derrapada séria ao afrontar o governador publicamente – em ascensão.
Lidera a minoria na Câmara e foi presidente da poderosíssima CCJ da Casa. Carol foi recordista de votos proporcionais no estado em 2022, assim como Ana Campagnolo registrou marca histórica para a Alesc.
Por tudo isso, Carluxo poderia, deveria e quiçá irá procurar outro CEP para o projeto estritamente familiar. No Norte ou no Centro-Oeste procura-se candidatos de direita viáveis ao Senado.
Entre os catarinenses, o voto estará bem depositado nos nomes de Esperidião Amin e Carol De Toni para aqueles eleitores do campo conservador.
Porque aqui o conservadorismo está no DNA da população, é perene e não uma onda. Boa sorte, Carlos. Muita gente boa daqui quer te encontrar no Senado, mas representando uma unidade federada de outra região. Por ora, o seu “projeto” só serviu para animar a tíbia esquerda local e expor fissuras que podem se tornar fraturas perigosas na direita estadual.
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