Coluna do dia

Final de Semana

Governador e vice voltam a conversar na semana que vem

Na quarta-feira, Eduardo Pinho Moreira, o vice-governador, tomou a iniciativa e deu uma passada no gabinete de Raimundo Colombo, o governador. Conversaram sobre amenidades, mas o gesto do peemedebista serviu para alinhavar uma nova rodada, desta vez para tratar do futuro do governo e do relacionamento entre os dois líderes e seus partidos.

Pelas manifestações mais recentes, pode-se projetar que os dois vão buscar o entendimento e dar um novo rumo ao segundo mandato, que começou aos trancos e barrancos do ponto de vista político, com declarações públicas, retaliações e uma rebelião peemedebista na Assembleia.

Certamente a conversa vai abordar a questão dos cargos – o PMDB não engoliu perder o Deinfra, por exemplo – o atendimento de pleitos na região de Moreira, o Sul, e a postura da bancada peemedebista, a maior, no Legislativo estadual.

No atual contexto, com Luiz Henrique já fazendo parte da história, interessa aos dois acertar os ponteiros. E a convergência de interesses chama-se Dário Berger. Se o vice se fortalecer, e seus correligionários derem a contrapartida, atuando em sintonia com o Centro Administrativo, Dário Berger fica meio que neutralizado dentro do PMDB. Não interessa ao governador, muito menos ao vice, deixar o senador criar musculatura a partir do vácuo deixado por LHS.

 

 

PP se define

No périplo pelo Estado, o presidente do PP, Joares Ponticelli e o líder da bancada, deputado Zé Milton, têm ouvido por onde passam, que é preciso o partido se definir logo. Ou é governo ou é oposição. Os progressistas – e os líderes concordam – não podem mais ficar no chove-não-molha. Sem cargos no governo, votando com o governo e sofrendo o boicote do PMDB no Parlamento ao líder Silvio Dreveck, um dos grandes quadros do PP, constitui-se panorama não mãos assimilável pelas lideranças partidárias.

 

Opção

Esse posicionamento do PP, buscando logo uma definição, também pode influenciar a conversa entre Raimundo Colombo e Eduardo Moreira. Se o PMDB continuar atuando como oposição, o governador teria a opção de recrutar os progressistas para a administração.

 

Nomes

Com eleição marcada para outubro, o PP ainda não sabe se vai continuar com Joares Ponticelli na presidência estadual. Se Esperidião Amin ameaçar bater chapa, o nome de Silvio Dreveck pode surgir como um tertius.

 

Reflexos

A fusão entre PSB e PPS pode colocar no mesmo partido adversários políticos. Criciúma, por exemplo, passará a ter dois deputados estaduais na mesma sigla. E como Claiton Salvaro, do PSB, já anunciou que é pré-candidato a prefeito, Ricardo Guidi, do PPS, que fez o dobro de votos na cidade, não vai deixar por menos. Resta saber se os dois vão ficar na nova legenda, cuja criação também abre espaço para defecções.

 

Prova de fogo

Tucano Dalírio Beber vai estrear no Senado terça-feira, 19. E já com uma prova de fogo pela frente. Nesta data, o plenário vai avaliar a indicação do advogado Luiz Facchin para o Supremo Tribunal Federal. Ele e Paulo Bauer conversaram esta semana, para afinar a atuação, e ainda não definiram o voto em relação à indicação da petista Dilma Rousseff.

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