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Governadores do Sul cobram maior protagonismo em encontro do setor da construção civil

Primeiro Construa Sul foi palco de encontro dos líderes estaduais e setoriais, e destacou avanços dos três estados no desenvolvimento econômico e social

Os governadores Ratinho Junior (PSD-PR), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Leite (PSD-RS) participaram, nesta quinta-feira (12), de um encontro inédito durante o primeiro Construa Sul, em Curitiba (PR), com foco no fortalecimento da construção civil e no desenvolvimento regional. Convidados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os chefes dos executivos estaduais também cobraram maior atenção do governo federal em investimentos para a Região Sul.

“A construção é um dos setores que mais geram emprego direto no país, com cadeia produtiva gigantesca, que movimenta muito a indústria. E ainda é uma necessidade, porque as pessoas sonham em ter sua casa”, declarou o governador Ratinho Jr. à imprensa, no início do evento. “Vamos construindo nossos projetos estaduais, que nos dão a alegria de o Paraná ser um dos estados que mais constrói casas no Brasil.”

Durante a plenária “Por que investir no Sul do país?”, mediada pelo jornalista Carlos Tramontina, os governadores apresentaram os avanços estruturais de seus estados e defenderam uma atuação conjunta para atrair mais recursos e visibilidade nacional.

Ratinho Junior destacou o programa Casa Fácil, considerado o maior do Brasil em habitação popular. Já são mais de 110 mil famílias beneficiadas, com R$ 1,2 bilhão investido e novos aportes previstos de R$ 1,5 bilhão. Ele defendeu ainda a valorização da indústria local, com foco em agregar valor à produção e melhorar a logística. “No Sul aprendemos a estrada que queremos pegar, e isso fez os estados se organizarem e se planejarem”. 

Ele reforçou a necessidade de agregar valor à indústria, para não apenas exportar matéria-prima e produtos agrícolas não beneficiados. “A questão logística é talvez o mais essencial na tomada de decisão de investimentos, e o Paraná é naturalmente uma ligação entre regiões”, acredita. Ao mesmo tempo em que se investe em moradia e indústria, ele citou a educação como prioridade para o desenvolvimento, especialmente na área tecnológica.

Já o governado Eduardo Leite iniciou sua fala agradecendo toda a união nacional em prol da reconstrução de seu estado após as enchentes de 2024, mas destacou que a União nacional direciona fundos às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste de que o Sul não dispõe. “Nossa participação do PIB se dá sem esse apoio”, enfatizou. “Parem de nos tratar de forma diferente nos incentivos.”

Ele apresentou ainda os avanços que o estado tem feito em reformas estruturais e ampliação de investimentos. “O ajuste fiscal permite ser mais ousado em investimentos onde o Estado deve estar presente, como aumentar o efetivo da segurança pública”, explicou. Ele contou ainda que buscou inspiração no programa Casa Fácil do Paraná para o plano de habitação gaúcho, chamado A Casa é Sua. “Repassamos recursos a cerca de 40 municípios para a retirada de famílias em zonas de risco, entre outras iniciativas”, contou. “Construção civil é economia na veia, movimenta muito”.

A realidade vivida por Santa Catarina foi trazida pelo governador Jorginho Mello, com destaque para os avanços no setor de tecnologia e agropecupário. “No Sul aprendemos a viver sozinhos, porque não podemos depender do governo federal, e é por isso que somos os estados com melhor desempenho do Brasil”, afirmou. “Os empresários nos pedem mão de obra qualificada, e nós formamos regionalmente para entregar, a exemplo dos cursos técnicos e universidade gratuita”. 

Mello anunciou a destinação de R$ 500 milhões ao programa Casa Catarina, voltado à moradia popular, com início em municípios de até 10 mil habitantes. Ao mesmo tempo em que sofremos revezes na exportação da carne brasileira, o governador brincou com o “bife de laboratório”, que hoje é possível graças ao investimento tecnológico no estado.

Em um discurso robusto e direto, o presidente da CBIC, Renato Correia, definiu o Construa Sul como uma “iniciativa estratégica para integrar todo o ecossistema da construção civil” na Região Sul. Segundo ele, o evento expressa o esforço da CBIC em estar mais próxima de suas associadas nas pontas, ouvindo o mercado e articulando soluções concretas para os desafios do setor.

Anfitrião do evento, o presidente do Sinduscon do Paraná e vice-presidente da CBIC, Carlos Cade, iniciou seu discurso celebrando a realização da primeira edição do Construa Sul como resultado da mobilização conjunta das entidades da Região Sul. “Este não é apenas um evento, é a concretização de um grande esforço coletivo. Nossa região é um polo de dinamismo e um celeiro de oportunidades, com um potencial de crescimento que salta aos olhos e nos posiciona de forma estratégica no cenário nacional”, afirmou.

Cade lembrou que o Construa Sul tem sabor adicional, pois marca a celebração de 81 anos do Sinduscon PR, que hoje reúne mais de 9 mil empresas paranaenses. A primeira edição do Construa Sul reuniu as 96 entidades associadas à CBIC, entre empresários, investidores e autoridades dos três estados. O evento conta com o patrocínio do SeconciPR, Caixa Econômica Federal, Copel, Sanepar, Compagas, Mútua, Totus, Brain Inteligência Estratégica, Construsul, Versátil e Veraz.

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