Nesta semana, recebemos em Santa Catarina a visita do ministro dos Transportes, Renan Filho. Acompanhei a comitiva que passou por diversas obras importantes, como o Contorno Viário da Grande Florianópolis, a BR-470 em Blumenau e a BR-280, na região de Jaraguá do Sul.

Durante o roteiro, confirmamos que as obras, tão essenciais para nossa infraestrutura, realmente estão avançando. São cerca de seis mil trabalhadores empenhados em finalmente entregar trechos essenciais para a malha viária federal do Estado. A promessa do Ministério da Infraestrutura é de repasse de R$ 1,4 bilhão por ano para que esses e outros gargalos nas nossas rodovias sejam minimizados. Com isso, teremos um importante avanço nos próximos anos, mesmo que ainda não seja o ideal. Vamos cobrar e fiscalizar, como sempre, mas há uma esperança no fim do túnel.

Afinal, os recursos existem, precisamos garantir que eles sejam aplicados e que as obras sejam executadas. Agora é a hora de pensar no bem do nosso povo, no desenvolvimento que essas obras estruturais irão trazer para Santa Catarina. Na agilidade que os produtores e empresários terão para transportar seus produtos, no tempo que o trabalhador vai economizar para se locomover e também para transitar nos seus momentos de lazer. Na segurança que as famílias catarinenses terão a mais no trânsito, na melhora da qualidade de vida e no crescimento econômico.

A infraestrutura não tem partido. Essa é uma luta antiga de Santa Catarina. E esse recurso não é nenhum favor, é só uma pequena parte do tanto que pagamos de impostos. Historicamente, somos um dos estados que menos têm retorno do governo federal em investimentos, mesmo estando entre os cinco estados que mais arrecadam impostos para a União.

Em 2022, segundo a Fiesc, contribuímos com R$ 107,3 bilhões e recebemos de volta apenas R$ 7,7 bilhões da União. A conta não fecha e o resultado desse descaso está nos congestionamentos que os catarinenses enfrentam diariamente, no prejuízo que nossos produtores têm em função das rodovias federais não duplicadas, sem estrutura adequada e, muitas vezes, em péssimas condições.

Infelizmente, a carência de investimentos em infraestrutura não é um problema restrito a Santa Catarina. Como o próprio ministro Renan Filho apresentou, somos um dos países que menos investe em infraestrutura no mundo. No ano passado, o investimento per capita em transportes foi de US$ 6,7/habitante. No Uruguai, utilizado pelo ministro como exemplo, o valor é de US$ 294/habitante.

Imaginem, como isso é prejudicial para nossa nação. O quão desenvolvido o Brasil já poderia estar se tivesse olhado para a infraestrutura com mais rigor lá atrás. Porque isso não é um problema de um, três anos. É de muito antes.

Por isso, a luta por infraestrutura deve ser de todos, apartidária. E, eu, como presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, e também como agricultor, empresário e deputado estadual, seguirei trabalhando por mais recursos para Santa Catarina, articulando com as entidades e lideranças para que nosso Estado receba investimentos e que o povo veja seu dinheiro sendo aplicado com eficiência e transparência. ANosso Estado merece avançar!

Antídio Lunelli, deputado estadual