Coluna do dia

Interferência entre os poderes

Interferência entre os poderes

Depois de uma terça-feira muito tensa em Brasília, três fatos, dentre os muitos ocorridos, merecem especial atenção. No meio da tarde, noticiou-se que o petista Delcídio do Amaral, preso há 14 dias, contratou um advogado especialista em delação premiada. Se o senador fechar acordo neste sentido, a República pode vir abaixo. Ele é um dos mais profundos conhecedores acerca das maracutaias e roubos bilionários do mensalão e do petrolão.

Na sequência do sinal enviado por Delcídio, a Câmara dos Deputados reagiu às costuras do governo, que já havia praticamente fechado a sua comissão caseira para análise do impeachment, aprovando uma nova lista, esta recheada de oposicionistas. Ou seja, encaminhou-se a degola de Dilma. Relação de causa e efeito após o movimento de Delcídio? Tudo leva a crer que sim. Vendo o cenário deteriorar-se rapidamente, com a possibilidade do impedimento cada vez mais real, o PT acionou seu fiel escudeiro, o PCdoB, e recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma clara e nova interferência do Judiciário, o minstro Luiz Fachin, de passado de militância na causa petista e indicado recentemente por Dilma ao cargo,  determinou a interrupção dos trabalhos que culminariam na instalação da Comissão Especial do impeachment, pelo menos até que o plenário do STF venha a analisar o caso, possivelmente na quarta-feira.

 

 

 

 

Ato futuro

Em argumento nunca antes visto na história deste país, o ministro Fachin está “julgando atos futuros” e não fatos que já ocorreram! A conferir a reação do Parlamento e das forças vivas da sociedade.

 

 

 

 

Amin a favor

“O Brasil está sangrando, a economia, o desemprego, a depressão, já não é mais nem recessão.” Frase do deputado federal Esperidião Amin, que está se posicionando a favor do impeachment de Dilma depois de ser muito cobrado neste sentido, principalmente via redes sociais. Aliás, o ex-governador demorou a se posicionar.

 

 

 

 

 

 

 

 

Pré-candidato

Deputado Jean Kuhlmann, após analisar várias pesquisas de consumo interno, está convicto: uma nova candidatura em Blumenau tem chances reais de vitória. Ou seja, ele vai colocar o nome à disposição e, se for preciso, até mesmo bater chapa dentro do partido para conquistar a indicação. A menos que o governador ou outro cacique pessedista o convença do contrário.

 

 

 

 

Votações na quinta

O deputado Gelson Merísio (PSD), presidente da Assembleia, já chamou sessão ordinária na Casa para esta quinta-feira. Os parlamentares já estão sendo avisados e convocados a permanecer na Capital para as votações. O pessedista pretende levar ao plenário pelo menos dois projetos polêmicos: o da fusão dos fundos previdenciários do funcionalismo e o que aumenta a alíquota de contribuição dos servidores à Previdência estadual. O Plano de Carreira do Magistério e o Orçamento de 2016 vão ficar para a semana que vem, provavelmente na sessão de terça-feira.

 

 

 

 

 

Prevenção

Aliás, a Assembleia está sitiada. Além de contar com mais de 100 policiais para evitar a invasão do plenário, o Bope dá plantão nos fundos da Casa. Avisado ou prevendo que os manifestantes iriam invadir o plenário, inviabilizando qualquer tipo de votação, Gelson Merísio organizou a defesa. Se a turma, muitos baderneiros profissionais, tivesse acesso às galerias, poderiam até mesmo pular para dentro do plenário, o que seria um desastre completo.

Sair da versão mobile