Dispositivos auxiliam na aplicação de herbicidas e no monitoramento das plantações de pinus e eucalipto
Uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, a Irani tem ampliado o uso de drones, tecnologias digitais e automação no reflorestamento de pinus e eucalipto. A área de atuação está concentrada em um raio médio de 25 quilômetros ao redor da unidade fabril de Campina da Alegria, no município de Vargem Bonita, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
A base florestal da companhia compreende 27,9 mil hectares e está distribuída entre os municípios de Água Doce, Catanduvas, Vargem Bonita, Ponte Serrada e Irani. Desse total, 12,4 mil hectares são áreas de florestas plantadas, sendo 11,2 mil hectares de pinus e 1,2 mil hectares de eucalipto. Cerca de 13,7 mil hectares correspondem a áreas de conservação e 1,8 mil hectares para infraestruturas e reservatórios, entre outros.
Os drones fazem parte da rotina de trabalho nessa área há mais de três anos. Uma das aeronaves remotamente pilotadas é utilizada para facilitar a aplicação de herbicidas para o controle de ervas daninhas nas áreas de reflorestamento. Outros dois equipamentos se destacam como recursos estratégicos pelo monitoramento aéreo preciso e ágil de grandes áreas de plantios. Por meio das imagens, a equipe avalia a qualidade e a sobrevivência das mudas de pinus e eucalipto.
“Com essa tecnologia, é possível acompanhar o crescimento das árvores, identificar falhas no plantio e a presença de pragas e monitorar indicadores ambientais. Os drones também auxiliam no microplanejamento das operações florestais, trazendo mais segurança às operações”, destaca o gerente Florestal da unidade, Denis Baialuna.
Desde 2021, a Irani conta com uma central de monitoramento para detecção automática de possíveis focos de incêndio e vigilância das áreas. São duas torres na Campina da Alegria, localizadas em pontos estratégicos, com câmeras de longo alcance que giram 360º e uma sala de controle para operar o sistema.
Preservação da biodiversidade
Com quase 34 mil hectares de terras, 82,4% no Meio-Oeste catarinense e 17,6% no Litoral Médio e Norte do Rio Grande do Sul, as unidades florestais têm como principal objetivo suprir a demanda de madeira para a produção de celulose e de energia nas fábricas de papel e embalagem de Santa Catarina, além de comercializar madeira no mercado regional.
O gerente de Saúde, Segurança, Qualidade e Sustentabilidade, Leandro Farina, ressalta o benefício da produção integrada das florestas plantadas com as matas nativas: a contribuição para a preservação da biodiversidade a partir da redução dos níveis de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera pelo sequestro de carbono. “Por ter um grande volume de florestas plantadas e nativas, o inventário de emissões de GEE tornou a Irani uma empresa com balanço de carbono positivo. Ou seja, remove mais carbono da atmosfera do que emite em suas operações”, salienta o executivo.
Sobre a Irani
Fundada em 1941, a Irani Papel e Embalagem é hoje uma das líderes do setor de embalagens sustentáveis no Brasil. Controlada desde 1994 pelo Grupo Habitasul, tradicional grupo empresarial da região Sul do país, produz papeis para embalagens, chapas e caixas de papelão ondulado, assegurando o fornecimento de produtos de matéria-prima renovável com alta qualidade. Alinhada às boas práticas da economia circular, tem produção integrada às florestas próprias e utiliza energia autogerada. Conta com unidades produtivas localizadas em Vargem Bonita (SC), Santa Luzia (MG), e Indaiatuba (SP), além de responder pela gestão de florestas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com escritórios em Porto Alegre (RS) e Joaçaba (SC), tem em seus quadros mais de 2.000 colaboradores.