Outra entrega importante, no entanto, não é visível aos olhos, mas seus efeitos têm trazido qualidade de vida. Trata-se da macrodrenagem implantada na Rua Cândido Pereira dos Anjos, no Rio Vermelho
O ano de 2025 ficará para a história de Florianópolis como o da liberação da nova ponte da Lagoa da Conceição ao trânsito de veículos e à circulação de pedestres e ciclistas. Essa obra era muito esperada para a melhora da mobilidade em geral da região e, ambientalmente, para a oxigenação entre a Lagoa da Conceição e a Lagoa Pequena. Além do que, o projeto arquitetônico dessa que é a maior travessia do interior da Ilha de Santa Catarina é de tirar o fôlego. Agora, o ano também foi marcado por um grande feito não perceptível aos olhos, pelo contrário, literalmente enterrado, mas que também trouxe qualidade de vida à população: o sistema de macrodrenagem implantado na Rua Cândido Pereira dos Anjos, a principal via da localidade do Travessão, no Rio Vermelho. Seus 2.396 metros de tubulações correspondentes a galerias de drenagem resolveram consideravelmente o problema de alagamentos na região. Além do que, todos os meses de 2025 tiveram entregas e inícios de importantes serviços pela Secretaria de Infraestrutura e Manutenção da Cidade da Prefeitura de Florianópolis.
Exemplos disso foram alguns antigos nós viários desatados, os quais aumentaram a capacidade de tráfego. Eles aconteceram tanto no Continente quanto na Ilha. Próximo à cabeceira continental da ponte Hercílio luz, isso exigiu a implantação de uma nova rótula na Avenida Governador Ivo Silveira, em Capoeiras, e uma reconfiguração no trânsito em vias de acesso à ponte. No entorno da UFSC, houve o alargamento da rotatória da Praça Santos Dumont e a adição de mais uma faixa entre as ruas Professora Maria Flora Pausewang, Lauro Linhares, Desembargador Vítor Lima, Delfino Conti e Roberto Sampaio Gonzaga. Sendo que a Pausewang – a via de acesso ao Hospital Universitário para quem vem da Avenida Professor Henrique da Silva Fontes, na Trindade – que tinha faixa única de cada lado, passou a dispor de duas faixas de circulação sentido Beira-Mar–UFSC (de maior fluxo), e uma faixa na direção contrária, e ganhou ciclovias nos dois sentidos. Ainda nessa região, o acesso à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal, passou por uma readequação que duplicou a capacidade do fluxo.
Durante o ano também foram concluídas várias outras obras de revitalização em vias de pequeno e grande porte. Na região continental, destaque o asfaltamento pela primeira vez da Rua Agapito Veloso, Rua Osni Melo, Rua Andrelino Natividade da Costa e Rua José Maykot, no Canto, e da Rua Joaquim Fernandes de Oliveira, no Abraão, e para a obra na Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira (conhecida como PC3), no Jardim Atlântico, com implantação de sistema de drenagem para evitar alagamentos nas residências vizinhas (e inclusive numa igreja).
Já na parte insular da Capital, foi entregue, entre outros investimentos, o que beneficiou o sistema viário da Base Aérea – a Avenida Santos Dumont e a Avenida Lages, na Tapera, por onde circulam linhas de transporte coletivo, passaram a contar inclusive com ciclofaixa; a pavimentação de 13 vias de chão batido – as servidões Antônio José das Chagas, Genésio Francisco da Silva, Carlota Maria Martins das Chagas, José Euclides das Chagas, Almir Cardoso, Pedro Aguiar e Adelino José das Chagas, no Rio Tavares; as servidões Acalanto e Recanto do Campeche, e as ruas Manoel Silveira e Cândido José da Rocha, no Campeche; a Servidão Justina Francisco de Jesus, no Rio Vermelho, e a Servidão José Tiófilo da Cunha, em Ratones; as servidões Ângelo Pecini e Cravo Branco, no Campeche, que costumavam alagar em dias de chuvas fortes, mas migraram do chão batido para o pavimento em paver depois de ganhar o devido sistema de drenagem; a Avenida Campeche, no bairro de mesmo nome, que nos 740 metros entre a Rua Nicolau João de Abreu (rótula do novo Campeche) até a Servidão Ilha do Campeche foi contemplada com nova rede de drenagem para evitar alagamentos e repavimentação asfáltica, e a Rua Palmeira Real, em Canasvieiras, outra estrada de barro que agora conta com seus 580 metros todo em paver. Já a Rua das Gaivotas, teve implantação de ciclovia no 1,36 km entre a Rua Martinho de Haro e o Costão Norte dos Ingleses, sendo que o último quilômetro recebeu asfaltamento pela primeira vez.
Em 2025 foram concluídas obras significativas em estradas de todas as partes da Ilha. A Francisco Thomas dos Santos, acesso alternativo entre o Pântano do Sul e o Ribeirão da Ilha, no Sul, teve mais um trecho de chão batido qualificado – os 986 metros entre a Rodovia Baldicero Filomeno e a Servidão Tucanos, no Sertão do Ribeirão, recebeu pavimento em lajotas com guard rail e passa-faunas (sendo um aéreo e um subterrâneo) inédito na via para proteção das espécies locais. Na Rodovia João Gualberto Soares (SC-406), no Rio Vermelho, no Norte da Ilha, foi asfaltado o que faltava dela: o 1,51 km entre a Servidão Antônio Tiago Nunes (Nico) e a Servidão José Ernesto Lucas. E, no Leste, a estrada geral do Canto da Lagoa, a Rua Laurindo Januário da Silveira, foi beneficiada com ampla revitalização.
Mas a cidade recebeu em 2025 ainda mais do que obras viárias. Ao longo do ano foi inaugurada a transformação do terreno conhecido na localidade como “Campo do Zaire”, na comunidade Toca da Pantera, no Rio Tavares, em complexo esportivo, à Rodovia Francisco Magno Vieira (SC-405), ao lado do número 2.179, e entregue a nova passarela ambiental da Avenida da Saudade, no Itacorubi, que serve para contemplação do manguezal que corresponde ao segundo maior em área urbana do país, e a ciclovia da Avenida Governador Gustavo Richard, no Centro. Ainda antes do Natal, vai ficar pronta a qualificação da nova área de esportes e lazer da Barra da Lagoa.
Obras iniciadas
Já entre as obras iniciadas durante o ano que chega ao fim, pode-se enfatizar a revitalização do elevado John Kennedy, no Estreito, no Continente.
Enquanto na região central, foi deflagrada a primeira etapa de revitalização do Parque Náutico Walter Lange, à beira-mar, entre as baías Sul e Norte, sob as pontes Colombo Salles e Hercílio Luz no lado da ilha e em pleno Centro de Florianópolis. Nesta fase, estão sendo beneficiados 8,5 mil metros quadrados dessa área nobre no entorno dos tradicionais clubes de remo Francisco Martinelli, Aldo Luz e Riachuelo, os quais serão diretamente contemplados com as melhorias. E mais uma importante obra no centro leste da cidade: a restauração da antiga Escola de Educação Básica Antonieta de Barros doada ao município pelo governo do Estado, localizado na esquina da Rua Victor Meirelles com a Rua Saldanha Marinho, para criação do Centro de Memória e Cultura Professora Antonieta de Barros.
No Sul da Ilha, a construção do Centro de Convivência do Carianos, que embora tenha os idosos como público preferencial será destinado à população em geral, está sendo edificado ao lado do NEIM Zilda Arns, na Rua Saul Silveira Penha. E as revitalizações em duas vias do Carianos: a Rua Idelfonso Caetano Melo e a Rua 25 de Março. Destaques, na Ildefonso, para a implantação de nova rede de drenagem para evitar alagamentos em dias de chuvas fortes, e na Rua 25, para a pavimentação em lajotas, pela primeira vez, de seus 120 metros finais.
Na região Norte, a construção da construção do primeiro entreposto de pescados público da cidade, no João Paulo. Ele fica situado em terreno de frente para o mar, na altura do trapiche também construído pela administração municipal, ao final da Servidão Nonô; a primeira etapa das obras de revitalização que vão culminar com o asfaltamento da Estrada Intendente Antônio Damasco, a via de acesso ao bairro pela SC-401 com pavimento de lajotas, em Ratones – ao todo estão sendo contemplados os 2,65 km iniciais da via, ou seja, metade da via, a partir da rodovia estadual; a qualificação na “quadra das escolas” que fica no condomínio Red Park, no Rio Vermelho, com a implantação de sistema de drenagem e a pavimentação em lajotas da Servidão Domingos Manoel da Silveira, atualmente de chão batido e que costumava alagar em dias muitos chuvosos. E a revitalização e ampliação da Avenida Lions Internacional, no canto norte dos Ingleses, que vai contar com introdução de ciclovia bidirecional.
No Leste da Ilha, a revitalização inédita da Rua Laurindo José de Souza, o único acesso à Fortaleza da Barra da Lagoa. A via, que ladeia o canal da Barra, é bastante conhecida por umas das principais concentrações de restaurantes especializados em frutos do mar da cidade. Ao final, a estrada de 1,28 km terá pavimento uniforme em paver.









