Manchete

Lula lá

Um final de semana relativamente movimentado na política nacional, diferentemente da estadual.
No sábado, Lula da Silva demitiu o general Júlio César de Arruda, ex-comandante do Exército.
Ele foi defenestrado pelo petista. De acordo com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, por quebra de confiança. Não havia mais clima para a permanência do militar.
Arruda havia sido nomeado interinamente no dia 30 de dezembro por Jair Bolsonaro. Lula da Silva efetivou o general em 6 de janeiro após ouvir argumentação do próprio Múcio para que fosse atendido o critério da antiguidade. Para as três forças. Arruda era o mais antigo.
Muito embora o nome do Exército não fosse o preferencial nem de Lula e nem do PT, que bateu pesado em José Múcio e tentou derrubá-lo da Defesa, inclusive.
Já se sabia lá atrás que o nome preferencial tanto do PT quanto de Alexandre de Moraes era o general Ribeiro Paiva, o terceiro pelo viés da antiguidade.

Peitou Dino

Tivemos aquele episódio do dia 8 em Brasília. À noite, durante reunião com os ministros da Justiça, Flávio Dino, e o da Defesa, o  comandante do Exército reagiu fortemente. Declarou que ninguém seria preso. O comunista Dino exigia que todos os que estivessem em frente aos quartéis fossem detidos.

Começo da queda

Ali certamente já parecia o prenúncio da sua queda. Ele parecia reticente ao atual desgoverno.

Fim de semana

O ex-mito aproveitou o sábado para decapitá-lo e confirmar o nome não apenas da preferência do seu partido, mas como também de Alexandre de Moraes, personagem que, segundo o New York Times, conhecidíssimo jornal Norte Americano, é a fina flor do autoritarismo brasileiro.

Lambendo as botas

Aqui os vassalos não falam nada sobre o autoritarismo. Pelo contrário, apoiam, mas no exterior o assunto é cada vez mais recorrente. E forte.

Companheirada

Além desse episódio, tivemos também a viagem de Lula da Silva, domingo à noite, para sua primeira missão internacional. Na Argentina, é claro. Agendas com o presidente e a vice do país portenho, Alberto Fernandez e Cristina Kirchner.

Aí sim

Representando Santa Catarina na comitiva, o presidente da Fiesc, Mário Cesar Aguiar. Foi a convite da CNI. Aguiar também preside o Cofem, confederação das federações empresariais de Santa Catarina.

Ah, tá

A pauta principal da agenda sulista: moeda única. Deboche pouco é bobagem neste desgoverno. A menos que os países sul-americanos, a começar pelo Brasil, estivessem surfando em taxas de crescimento e geração de emprego nas alturas, bem como inflação em queda, não faz o menor sentido falar desse assunto.

Objetivo

Essa iniciativa só faz sentido se for para os pagadores de impostos tupiniquins assumirem, além das suas, as partes das dívidas dos hermanos e outras ditadurazinhas canhestras do continente.

Situação

O país enfrentando desemprego, taxas de juros elevadíssimas, inflação crescente e vamos abordar esse assunto de moeda única para a América do Sul?

Exemplo
A Europa, com grandes potências, criou o Euro, do qual já desembarcaram a Inglaterra e o Reino Unido. A moeda comum tentou fazer frente ao Dólar mas obviamente não conseguiu. Agora nós aqui no sul do mundo vamos tentar fazer uma moeda de peso mundial?
Convenhamos. As coisas, em se tratando de União, vão mal a pior, semana a semana.

Escárnio

Depois da eleição de Lula da Silva, anunciada pelo TSE no dia 30 de outubro, tivemos dois meses e meio de protestos, questionando a lisura do processo e o resultado final das eleições. Nunca tivemos um presidente eleito tão contestado já na largada e o sujeito ainda vem falar em moeda única numa América Latina recheada de autoritarismo e governos incompetentes? Isso não é nem deboche. Só pode ser escárnio!

foto>Ricardo Stuckert, PR, divulgação

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