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Moisés quer Antídio de vice

O prefeito Antídio Lunelli foi surpreendido, na última quarta-feira, por uma visita do governador do Estado. Moisés da Silva foi à cidade do Norte para uma agenda oficial. Quebrou o protocolo e foi ao gabinete do prefeito para uma conversa somente entre eles, sem testemunhas.
Evidentemente que os dois mandatários trocaram ideias e impressões sobre questões administrativas. Seria muita ingenuidade, contudo, imaginar que o assunto 2022 também não esteve na baila.
Moisés da Silva procura pavimentar o caminho para aterrissar no MDB. Essa é a grande alternativa dele. Simples assim. A perspectiva de assinar ficha em pequenos partidos, como o Republicanos, o PSC e por aí vai, não resolve nenhuma equação para o governador. Nem sob o aspecto do fundo eleitoral, nem em relação ao tempo de TV e muito menos sob a perspectiva mais importante: a vitória nas urnas.
O MDB é o maior partido de Santa Catarina, está espalhado e estruturado nos 295 municípios.

Convencimento
Ora, se a bancada estadual o deseja como candidato, assim como parece ser esta a preferência do senador Dário Berger, Moisés resolveu ir à luta. Buscou Antídio para tentar viabilizar uma composição. Partamos da premissa que seja uma chapa pura, o governador tentaria convencer o prefeito a ser o candidato a vice.

Renúncia
Renunciaria à prefeitura sob a projeção de que, uma vez reeleito o governador, ele buscaria uma das duas vagas ao Senado em 2026, abrindo caminho para Antídio assumir o governo e tentar a reeleição na sequência.

Falta uma vaga
Voltando para 2022, Dário Berger buscaria a reeleição ao Senado e Celso Maldaner seguiria pilotando o MDB, sendo o protagonista do partido inclusive durante a campanha.

Cenário
Para Moisés da Silva, o encaminhamento junto ao MDB seria também uma resposta a lideranças do PSD que estão com o governador na máquina, mas que andam conversando na direção de Republicanos, Podemos e do próprio União Brasil.

Fiel escudeiro
O secretário da Casa Civil, Eron Giordani, é fiel escudeiro do deputado Julio Garcia, que prestigiou o lançamento do União Brasil em Santa Catarina.

Mui amigos
Moisés parece já ter percebido que não pode ficar esperando sob a possibilidade de ser traído ali adiante. Não custa lembrar que a formulação de Jorge Konder Bornhausen, que ainda exerce grande influência nos bastidores de Santa Catarina, recai justamente sobre este quarteto partidário: PSD, Republicanos, Podemos e União Brasil. Moisés não aparece nesta contabilidade. JKB não vê, aliás, qualquer perspectiva para a reeleição do governador.

Teoria e prática
É isso que pensam Julio Garcia e Eron Giordani? Não, não é isso! Mas o deputado, no entanto,  estava no lançamento do União Brasil. Alguém está sendo enganado nesta história!
Ou União Brasil, Podemos e Republicanos ou o governador. Até porque não há qualquer conversa para incluir o MDB neste quarteto articulado por Bornhausen.
O fato é que os bastidores fervem, ainda falta rolar muita água por debaixo da ponte até a definição do cenário, quadro que reserva muitas emoções ao universo político daqui até as eleições de 2022.

foto>divulgação

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