O projeto foi desenvolvido pela MTCN e prevê dois molhes para garantir segurança da navegação, proteção costeira e desenvolvimento sustentável
A emissão da Licença Ambiental Prévia (LAP) para a implantação e expansão de dois molhes na foz do Rio Itajuba, em Barra Velha, pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), representa um marco decisivo no processo de licenciamento ambiental do empreendimento. O projeto das duas estruturas foi elaborado pela equipe da MTCN – Soluções Sustentáveis em Dragagens, Portos e Costas, que também conduziu todo o processo de licenciamento.
A autorização contempla o prolongamento do molhe Norte e a implantação do molhe Sul, iniciativas que visam garantir a segurança da navegação, a proteção da orla e o desenvolvimento sustentável da região.
O prefeito de Barra Velha, Daniel Cunha, ressalta que esta é uma das obras mais importantes e esperadas pela população, sobretudo pelos pescadores locais. Já o sócio-diretor da MTCN, Mauricio Torronteguy, afirma que o projeto atende a uma demanda histórica da comunidade e representa um avanço significativo:
“As obras irão melhorar as condições de navegação para embarcações, reduzir o assoreamento, diminuir a frequência das dragagens, incrementar o escoamento hidráulico e fortalecer a proteção costeira — promovendo mais resiliência e sustentabilidade para o litoral de Barra Velha.”
O projeto prevê a implantação de 480 metros de estruturas costeiras: 165 metros de prolongamento do molhe Norte e 315 metros para o molhe Sul. A previsão é de que a obra seja concluída em até 18 meses após o início dos trabalhos.
Para a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, o sistema é fundamental: “Para manter o canal navegável nessa embocadura do rio e garantir a proteção das praias, é imprescindível a construção de estruturas costeiras que assegurem o escoamento. Isso evitará o acúmulo de sedimentos e permitirá a saída das embarcações mesmo em marés baixas.”
Com mais de duas décadas de expertise, a MTCN atua no desenvolvimento de projetos e na execução de obras, oferecendo assessoria técnica e conduzindo estudos ambientais. A empresa adota uma abordagem participativa, elaborando Diagnósticos Socioambientais Participativos (DSAP) para identificar expectativas da comunidade e propor soluções.
A consultoria também vem expandindo sua atuação. “Temos buscado participar de projetos de resiliência costeira contra o avanço do nível do mar”, observa Torronteguy. Ele destaca ainda a capacidade da empresa em modelagens numéricas computacionais para simular cenários futuros. Além disso, a MTCN desenvolve projetos ligados a energias verdes, como terminais portuários voltados à exportação de amônia verde, especialmente no Nordeste do país.
Em 2024, a empresa registrou crescimento de 14% em relação ao ano anterior e projeta, para este ano, um aumento de até 60% em suas receitas.