Blog do Prisco
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O Brasil precisa de rumo, não de atalhos

Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual

O Brasil vive um ciclo preocupante de instabilidade. Crises políticas, econômicas e institucionais se acumulam e afetam diretamente a vida das pessoas. Travam o desenvolvimento, alimentam a desconfiança e minam as esperanças de um futuro melhor — especialmente para os nossos jovens.

Em vez de avançar, o país parece andar em círculos, preso às mesmas armadilhas de sempre. Promessas fáceis, discursos populistas e soluções que soam bem nos palanques, mas fracassam na prática. Enquanto isso, desperdiçamos o que temos de mais valioso: nosso potencial.

Temos um povo trabalhador, criativo e empreendedor. Temos riquezas naturais, tecnologia e um setor produtivo que resiste mesmo diante da insegurança jurídica, da alta carga tributária e da burocracia sufocante. O que falta, cada vez mais, é gestão — com responsabilidade, planejamento e visão de futuro.

Governar não é brincar de política nem empurrar problemas com a barriga. Gestão pública exige escolhas duras, coragem para contrariar interesses e respeito com o dinheiro do povo. Sem responsabilidade fiscal, não há investimento em saúde, educação ou infraestrutura. Sem previsibilidade, o empresário não investe. Sem confiança, o país não cresce. Parece óbvio, mas tem sido ignorado.

Exemplo disso é a inabilidade do governo Lula diante da ameaça de taxação de até 50% sobre os produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Em vez de liderar com inteligência e estratégia para defender o setor produtivo, o governo está mais preocupado com alianças eleitorais e menos com os empregos que estão em risco. Em vez de garantir competitividade e segurança jurídica, insiste em aumentar impostos, interferir nos negócios e tratar quem investe como inimigo.

É essa inversão de prioridades que precisa mudar. O Brasil não pode continuar punindo quem trabalha, quem empreende e produz. É hora de construir pontes — e não muros. Precisamos de reformas estruturais, estabilidade, equilíbrio fiscal, menos burocracia, um sistema tributário mais simples, abertura ao comércio internacional e estímulo à iniciativa privada.

O Brasil tem jeito, sim — mas não com populismo ou improviso. Nosso povo não quer mais promessas vazias. Quer segurança para trabalhar, empreender e planejar o amanhã. A juventude brasileira merece um país que inspire confiança, não medo. Merece um Estado que funcione, que libere o potencial de sua gente, em vez de emperrar o progresso.

É hora de seriedade. De responsabilidade. De coragem para fazer o que precisa ser feito. Para que nossos filhos e netos encontrem um Brasil mais justo, moderno e próspero do que aquele que nos foi entregue.