Coluna do dia

O calvário dos prefeitos

O calvário dos prefeitos

A situação dos prefeitos das três maiores cidades de Santa Catarina é pouca alentadora. Além das dificuldades cada vez maiores sob a responsabilidade dos alcaides em todo o país, o trio Udo Döhler (Joinville), Cesar Souza Junior (Florianópolis) e Napoleão Bernardes (Blumenau) amarga quadros críticos em áreas específicas. E estratégicas para os projetos reeleitorais. Os três estão no primeiro mandato. Podem, portanto, pleitear mais quatro anos no comando. Mas eles não terão vida fácil.

Enquanto Cesar Souza começou sua gestão arrumando briga com a construção civil e com o revés no aumento do IPTU (hoje enfrenta não só a poluição nas praias, mas falhas graves na divulgação do Carnaval); Udo Döhler coleciona derrotas na área de Saúde, com uma gestão que bate cabeça em várias áreas, e Napoleão Bernardes com desafios no setor de transporte coletivo.

 

 

 

Contra o tempo

A situação mais favorável ainda é a de Napoleão, pois tem tempo para conseguir reverter o quadro delicado do transporte na cidade. Já Cesar Junior não terá outra temporada de verão antes das eleições, diagnóstico que, em partes, vale para o prefeito de Joinville. Dificilmente o empresário Udo Döhler conseguirá resolver a contento os graves problemas da saúde no município. Faltou planejamento e agora o tempo corre contra ele.

 

 

 

Polvorosa

O PT e o Planalto estão ainda mais tensos neste Carnaval. É que vazou a informação de que o juiz Sérgio Moro já liberou para prisão domiciliar o ex-presidente da Andrade Guetierrez, Otávio Marques de Azevedo. Isso porque o ex-todo poderoso da empreiteira assinou acordo de delação premiada que, segundo os bastidores, pode ser tão explosivo quanto seria uma eventual delação de Marcelo Odrebecht, o príncipe do empresariado brasileiro.

 

 

 

Refundação

Na sigla de Lula e Dilma, há quem defenda a refundação do partido e até a possibilidade de mudança de nomenclatura, tamanho o desgaste. Evidentemente que o pai do partido e padrinho da maioria dos detidos e investigados desde o mensalão até a Lava Jato, Lula da Silva, resiste bravamente à ideia.

 

 

 

Partidão

O PMDB vai na mesma batida de sempre. Confia na sua força regional. Também já manifestou a pré-disposição de lançar postulante à presidência. Beleza. Mas se continuar com figuras como Renan Calheiros e Eduardo Cunha em sua proa, corre o risco de transformar-se no titanic da história recente da política nacional.

 

 

 

Província

Em Santa Catarina, é notória a preocupação entre caciques do PT. O partido, projeta-se, terá muitas dificuldades nos municípios este ano. No PMDB, que detém o maior número de prefeituras, o quadro não é muito diferente. Os cardeais estão na estrada desde o ano passando, mobilizando a legenda para evitar a anemia no pleito deste ano.

 

 

 

Enquanto isso

O PSD, partido do governador e do presidente da Assembleia, trabalha para aumentar sua força e presença nas prefeituras. Embora tenha ministério no governo do PT, a sigla PSD é nova e tem passado praticamente incólume aos grandes escândalos nacionais.

Sair da versão mobile