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Manchete

O fator Moro mexe no cenário estadual

Em 2018, Jair Bolsonaro fez 65% dos votos em Santa Catarina no primeiro turno. O poste do ex-presidiário, Fernando Haddad, chegou a 15%. ou seja, o presidente fez mais de quatro vezes a votação do petista. Ciro Gomes, o terceiro colocado no último pleito, chegou a 7% dos sufrágios.

Faz-se esta rápida digressão para contextualizar as perspectivas para 2022, que é logo ali. Sérgio Moro, que acaba de entrar no jogo presidencial, natural do vizinho estado do Paraná e com um pezinho em Santa Catarina, pois é dono de um imóvel em Balneário Camboriú, e pela visibilidade que conquistou no histórico trabalho à frente da Lava Jato, tem tudo para disputar o segundo lugar por aqui. Posto que também pode ficar com o ex-presidiário Lula da Silva que lá atrás, em 2002, fez a maior votação proporcional da história catarinense numa eleição presidencial.
Isso porque em Santa Catarina Jair Bolsonaro dificilmente fará menos de 50% dos votos.

 

Outra realidade

Isto posto, é evidente que a candidatura de Moro ajuda o Podemos catarinense, desde que o partido tenha candidato ao governo no ano que vem, diferentemente do que ocorreu em 2018, quando o Podemos era recém nascido. A sigla tinha apenas um deputado estadual, nenhum prefeito e nenhum vereador em Santa Catarina e o senador Alvaro Dias lançou-se à presidência sem palanques nos estados.

 

Baralho

Ocorre que o quadro é confuso no Podemos catarinense, embora o partido esteja bem mais robusto se comparado à realidade de 2018. O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira, colocou seu nome para a disputa governamental.

 

Alô, Bolsonaro

Não se tem notícia, contudo, de que o alcaide tenha registrado presença no evento de filiação de Sérgio Moro, em Brasília, esta semana. A verdade é que Fabrício Oliveira, embora tenha vários assessores de esquerda, alguns de esquerda radical, tem feito vários acenos na direção de Jair Bolsonaro. Inclusive estaria tentando trazer o presidente para a inauguração do alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú.

 

Alternativa
Enquanto ele não deu as caras no evento do Podemos, outras lideranças catarinenses fizeram questão de ir à Brasília apoiar o ex-juiz. Já se especula que o presidente estadual da legenda, ex-prefeito de Palhoça, Camilo Martins, poderá ser o nome do Podemos ao governo, com Paulo Bornhausen ao Senado.

 

Não podemos

Bornhausen é a eminência parda da seção estadual da sigla. Estaria inclinado, assim como o próprio Camilo e outras lideranças do Podemos, a dar um chega pra lá em Fabrício de Oliveira.

 

Semelhanças

O quadro do Podemos agora é parecido com o do PSD, que tem no senador Rodrigo Pacheco o seu pré-candidato à Presidência, realidade que pressiona cardeais locais do partido para darem apalanque a ele durante o pleito de 2022.

 

Incomodados

Isso incomoda figuras como João Rodrigues. O prefeito de Chapecó está sintonizadíssimo e alinhadíssimo com Jair Bolsonaro. Fortes emoções nos aguardam até a definição do quadro eleitoral.

foto>divulgação

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