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Paulo Bornhausen deixa o PSB

Depois de cinco anos e meio, o ex-deputado Paulo Bornhausen deixa o PSB, partido ao qual se filiou no dia 30 de agosto de 2013. Naquela data, o ex-governador de Pernambuco e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, veio a Florianópolis. O ato foi festivo e em tons de pré-campanha eleitoral. A chegada do clã Bornhausen ao PSB naqueles idos fazia parte do projeto presidencial de Campos, que morreu em acidente aéreo no ano seguinte em plena campanha eleitoral. Em 2018, o PSB voltou à sua origem esquerdista e a orbitar o projeto do PT.
Paulo Bornhausen enviou uma carta aos filiados e líderes do partido em Santa Catarina. Deixa muito claro que não poderá seguir a nova orientação nacional e que depois de duas horas e meia de conversa com o presidente Carlos Siqueira, ele anunciou o desembarque. Que é de caráter pessoal e não de grupo.
Ao blog, o ex-deputado declarou o seguinte sobre seu futuro político: “Deixei todos livres. Vou primeiro terminar esse episódio de forma correta. Na sequência, verei qual o melhor caminho a seguir. Vou com calma,” assinalou ele. A tendência do PSB é tornar-se anêmico em Santa Catarina. No ano passado, Siqueira expulsou monocrática e sumariamente o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que vai assinar no DEM. Os três deputados estaduais do partido também já sinalizaram que estão de malas prontas, bem como o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira. O de Blumenau, Mário Hildebrandt, já bateu em retirada. Confira, na íntegra, a carta de Bornhausen ao PSB estadual.
“Queridos amigas e amigos líderes!
Estive hoje com o Presidente Carlos Siqueira como é do conhecimento de todos.
Foi uma conversa amiga, cordial e franca.
Entre dois homens públicos que se respeitam e se admiram mutuamente.
Em duas horas e meia, conversamos
francamente sobre nossa vitoriosa trajetória até aqui e dos desafios que nos esperam no futuro.
Demonstrei ao Presidente meu entendimento e respeito sobre as decisões tomadas pelo partido a nível nacional .
Da mesma forma que enumerei as questões que me levam, nesse momento, a não poder seguir tais orientações.
Optei por me desligar do partido, saindo pela mesma porta que entrei: a da frente!
A minha decisão é pessoal e não coletiva.
Nenhum companheiro e nem nenhuma companheira tem a menor  obrigação de seguir os meus passos. Até porque o PSB é um partido correto e verdadeiro nas suas posições.
Mesmo não concordando em muitas delas, tenho um respeito e admiração pela coerência e liderança exercida pelo Pres Carlos Siqueira.
Combinamos uma transição harmônica que, com a concordância do nosso Presidente @⁨Ronaldo Freire⁩ será efetuada até 30/4.
Seguiremos o caminho da dissolução expontânea do Diretório Estadual para que a Nacional possa nomear uma nova executiva  que seguirá a normalidade da vida partidária.
Já comuniquei ao Pres Ronaldo que o Presidente Siqueira nomeou o Prefeito Carlos Amasta, membro do Diretório Nacional, interlocutor  para a transição em Santa Catarina.
Na próxima segunda-feira, ele terá um encontro com a Executiva Estadual para dar sequência aos encaminhamentos e conduzir o processo.
A palavra que posso utilizar nesse momento é gratidão!
Gratidão a todos vcs, ao Siqueira, a aqueles que estiveram conosco nessa caminhada e os que já não estão.
Em especial ao nosso eterno líder Eduardo Campos, aonde estiver, e que certamente também compreenderia meus argumentos e a decisão tomada.
Estarei na reunião da executiva na segunda junto com meu amigo, líder e irmão Ronaldo.
So me desligarei formalmente do partido no momento final da transição.
Peço a compreensão de todos.
Devo muito a vocês.
Sou eternamente grato pela confiança que em mim sempre depositaram.
Peço desculpas por minhas falhas e omissões que possam ter acarretado prejuízo a algum de vocês . Estaremos sempre juntos nos nossos ideais de construir um país e um Estado mais justo e fraterno!
Um forte, respeitoso e afetuoso abraço a todas e a todos!”
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