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Pesquisador da Univali participa da Cúpula dos Oceanos da ONU

Professor apresenta estudo sobre fundo marinho em convenção científica

De 9 a 13 de junho, o pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), professor José Angel Alvarez Perez, participará da 3ª Conferência das Nações Unidas para os Oceanos (Unoc). O evento acontece em Nice (França) e visa apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14, que trata da conservação e uso sustentável dos oceanos, éguas e recursos marinhos.

A programação da Unoc é coorganizada pelo Governo Francês e pela Costa Rica e vai reunir chefes de Estado e de Governo, líderes empresariais, doadores internacionais, ativistas oceânicos, representantes da comunidade científica, sociedade civil, povos originários e comunidades locais para avaliar os desafios, oportunidades e ações que permitem combater a exploração excessiva e a poluição dos oceanos.

Pré-evento

As atividades que precedem a Unoc já iniciaram, com a convenção científica One Ocean Science Congress que reúne especialistas marinhos ao longo desta semana. Já na terça-feira, 3, o professor Angel comparou em sessões externas aos temas do mar profundo e das mudanças climáticas no oceano.

Durante o Congresso, o pesquisador da Univali vai compartilhar resultados de um estudo detalhado sobre a heterogeneidade do fundo marinho de um terraço, com profundidade entre 300 e 1,2 mil metros, localizado no talude da Bacia Sedimentar de Santos. Os dados de mapeamento de alta resolução foram encontrados durante um cruzeiro científico, em 2022, vinculado ao projeto internacional iAtlantic , ou que teve a etapa do Atlântico Sul coordenada pelo professor Angel.

Segundo o pesquisador, compreender a diversidade e a distribuição das feições do fundo marinho é fundamental para avaliar sua importância ecológica e como elas podem influenciar a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas do mar profundo.

“Além disso, o estudo fornece subsídios científicos para monitorar e mitigar impactos decorrentes de atividades humanas, como pesca de arrasto e exploração de recursos, que já afetam ou podem vir a afetar essas áreas sensíveis.”, explica.

Saiba mais

O estudo, coordenado pelo docente da Univali, derivado da tese de mestrado do colaborador e pesquisador do Laboratório de Estudos Marinhos Aplicados (Lema) da Univali, Lucas Gavazonni, que acordos e caracterizou diversas estruturas submarinas com nível de detalhamento espacial de até 14 metros. Entre essas estruturas, destacam-se campos de marcas e mega marcas , depressões, formações de sal e carbonato, além de possíveis marcas de arrasto no fundo marinho.

A pesquisa aplicou métodos de classificação e análise da paisagem marinha, com o uso de índices que avaliam a composição espacial dessas estruturas, como “manchas” e “zonas de transições de habitats”. O objetivo foi compreender os possíveis papéis ecológicos dessas estruturas nas comunidades bentônicas do mar profundo.

A etapa que será apresentada na França já está concluída e revela os avanços na caracterização do fundo marinho e sua relevância ecológica. Os demais resultados da dissertação ainda serão compartilhados pelos pesquisadores e investigarão as correlações, entre as estruturas já identificadas e os impactos da pesca de arrasto, aprofundando a análise sobre a vulnerabilidade das regiões abrangidas pelo estudo.

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