Preocupadas com o elevado preço do gás em Santa Catarina, representantes de indústrias consumidoras que integram a Infragás reuniram-se no dia 14 para debater alternativas com a Federação das Indústrias de SC (FIESC). O presidente da entidade, Gilberto Seleme, explica que o gás é um insumo relevante na composição de custos das empresas com uso intensivo, como é o caso do setor cerâmico, por exemplo. “As indústrias fizeram investimentos significativos para adequar sua produção ao uso do gás, na expectativa de que os custos fossem atrativos. Ter um dos preços mais altos do país afeta a competitividade dessas empresas”, explica.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, em junho deste ano, o preço do gás natural distribuído pela SCGás para o segmento industrial em SC era de US$ 19,5/MMbtu, o 5º maior entre as distribuidoras brasileiras. Comparativamente ao preço do gás boliviano na fronteira com o Brasil o gás catarinense custava 3 vezes mais em junho de 2025. Nos Estados Unidos, o preço era de US$ 3,02/MMbtu, no Reino Unido de US$ 10,79/MMbtu e na Alemanha de US$ 12,59/MMbtu.
A FIESC vai estudar a questão para propor soluções para sensibilizar o governo do estado e demais agentes do mercado de gás, no sentido de atender a demanda da indústria.