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Relação com MDB esfria enquanto Fabrício tenta atropelar o governador

O governador Jorginho Mello está se articulando para promover as alterações no colegiado para a segunda metade do seu mandato. Se não ocorrerem agora, acontecerão no final de janeiro, mas mais provavelmente  na primeira semana de fevereiro.

Duas são as possibilidades: anunciar alguma coisa já na segunda quinzena deste primeiro mês do ano ou deixar todo o pacote para depois da retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa com a eleição da nova mesa diretora.

Até porque o relacionamento político de Jorginho Mello com o MDB esfriou consideravelmente, considerando-se, também, o fato de o governador não ter sido assertivo com as lideranças emedebistas no que diz respeito aos espaços oferecidos.

Inicialmente, insistiu com uma secretaria sem a menor importância, Meio Ambiente e (1:24) Economia Verde para o deputado federal, Carlos Chiodini. Presidente da seção estadual do Manda Brasa, ele declinou.

 

Não topou

 

Depois, Antídio Lunelli, que já havia aceito a Agricultura, acabou desistindo na medida em que o governador não permitiu que ele sequer indicasse o adjunto, quanto mais alguns cargos comissionados, em número de oito, que era a reivindicação do parlamentar para montar a sua equipe. Então por hora, fica apenas Jerry Comper na Infraestrutura. Isso se efetivamente o MDB ficar no governo.

 

Mesa

 

Essa que é a grande realidade. Então o governador talvez espere a eleição da mesa na Assembleia para tentar compor todo o colegiado do que já ir preenchendo de maneira gradativa, sob pena de, daqui a pouco, ser surpreendido e ficar sem base de sustentação na Assembleia Legislativa.  Até porque o MDB tem seis deputados. O PSD tem três, o PP outros três e o PT quatro, só pra citar alguns números.

 

Opositor

 

E com a investidura de Júlio Garcia, o governador tem que se preparar, porque terá na Assembleia alguém que não estará; e nem o seu partido, no projeto de recondução de Jorginho Mello.

 

Isolados

 

Alguns prefeitos, como Topázio Silveira Neto, estarão engajados na reeleição de Jorginho. Mas é uma corrente minoritária.

 

Goela-abaixo

 

E ainda, em meio a isso tudo, tem a situação de alguns liberais que acabam, de forma açodada, passando por cima do governador e buscando encaminhamentos de fora para dentro. É o caso do prefeito derrotado de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, que barrou a candidatura do deputado estadual Carlos Humberto, respaldado por Jair Bolsonaro e Jorginho Mello. O ex-prefeito almeja a Secretaria de Turismo na administração estadual.

 

Freezer

 

O governador, a seu turno, parece que acabou dando um gelo em Fabrício. Até porque, além da derrota eleitoral para Juliana Pavan, já nova prefeita; ele também perdeu a eleição para a presidência  da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, com a escolha do vereador do Podemos, Marquinhos Kurtz, apoiado pela prefeita Juliana.

 

Ponte

 

Para “melhorar”, Fabrício Oliveira foi direto a Brasília buscar o apoio do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, para vir a integrar o colegiado.

 

Colinho da mamãe

 

Ou seja, o que ele fez para indicar o candidato a prefeito do PL agora está fazendo para integrar o primeiro escalão e isso pode fazer com que ele fique fora, porque Jorginho Mello não vai gostar de estar sendo pressionado novamente para contemplar os desejos e as ambições de Fabrício de Oliveira. O ex-prefeito, nunca é demais lembrar, terá muito o que responder sobre a sua participação na campanha eleitoral bem como de situações de vulnerabilidade durante a gestão como prefeito.

 

Presidente mundial

 

Mas a megalomania do rapaz é ilimitada. Ele foi buscar, também, junto a Valdemar da Costa Neto e a Michelle Bolsonaro, não apenas apoio  para integrar o colegiado de Jorginho Mello, mas a indicação para que ele possa ser um dos nomes do PL para concorrer em 2026 como candidato a senador.

 

Show de horrores

 

Mesmo derrotado duplamente em Balneário Camboriú, ele almeja participação majoritária. E olha que governador já deixou claro que um dos nomes naturais do PL – e é mesmo, sem dúvidas – para o Senado e 2026 é o da deputada federal Carol De Toni, presidente da CCJ da Câmara.

foto>Jorginho, Fabricio e Michelle – Laura Testoni, arquivo

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