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ROTATÓRIAS PARA O TRECHO CRÍTICO DE PALHOÇA. UMA SOLUÇÃO?

Silvio Luzardo, professor

Uma ideia sugerida para o trecho crítico da BR 282 em Palhoça, logo na saída da BR 101, no km 214, que está no limite. Somente quem depende, diariamente, de um “arriscar” uma entrada ou saída na rodovia, sabe dos riscos a que está exposto. Que dirá de quem por ali cruza pela primeira vez, atormentados pelo visual atribulado de “espera” de um lado e do outro no trecho.
A propósito deste dilema, recupero a primeira impressão quando cheguei, em fevereiro de 1987, para trabalhar em Brasília. Como antigo topógrafo militar, previamente consultei um mapa do Plano Piloto, criado pelo urbanista Lúcio Costa, vencedor do concurso urbanístico, junto com arquiteto Oscar Niemayer que, todos sabem, se consagrou criando palácios e edifícios.
O que chamou a atenção, de imediato (residi na SQN 113), foram as chamadas “tesouras” para acesso aos Eixos Monumentais e os “eixinhos”, vias paralelas nas Asas Norte e Sul, chamadas de “rotatórias”. Ao me deparar, como motorista, percebi a noção de inteligência no formato escolhido para o Plano Piloto, conhecido como “avião” e a ideia do urbanista para que a cidade não “tivesse” sinaleiras. Diante dessas novidades, quando retornei ao Rio Grande do Sul, nos anos seguintes, compartilhei na imprensa de Ijuí e Cruz Alta. Ao longo do tempo, as prefeituras foram introduzindo as rotatórias e aposentando as sinaleiras. Estas, só em pontos chaves e necessários.
Anos mais tarde, ainda em Brasília, ocorreu uma inovação estratégica importante na defesa da integridade dos pedestres, transeuntes e ciclistas junto às rotatórias. As faixas de segurança precediam a entrada e a saída, criando uma situação automática de máxima cautela e redução de velocidade por parte dos motoristas. Tanto é verdade, que se criou um mantra que acredito seja seguido até hoje. Pedestre ou ciclista não precisa nem sinalizar a intensão, basta se postar junto à faixa para ter prioridade.
Ora, vamos ao trecho de Palhoça, diante da situação crítica diária, em que pedestres, ciclistas, motociclistas, automóveis e caminhões (e até incautos cães) procuram “uma brecha”, me parece por demais saudável que, a cada lance de 400 (metros) se instalasse, a baixo custo, as rotatórias, estabelecendo assim, uma saída “honrosa” para o dilema.

*Há 27 anos utilizo esse percurso para viagens a serviço e a passeio e desde então problemático.
* Administração de Brasília aceitou sugestões para o trânsito quanto lá trabalhei, reconhecidas e implantadas.