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Senador Esperidião Amin se solidariza com ex-presidente Jair Bolsonaro após condenação da PGR e diz que anulação dos atos da Lava Jato contra Youssef é uma “bofetada” no rosto do cidadão brasileiro

 

O senador Esperidião Amin manifestou-se na Sessão do Senado Federal nesta quarta-feira (16) para lamentar o momento vivido pelo judiciário brasileiro. Ele lembrou que nas últimas 24 horas, além da denúncia que a Procuradoria Geral da República ofereceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o país assistiu há anulação de todos os atos da Lava Jato contra Alberto Youssef.

— Eu ocupo a tribuna para lamentar o que nós estamos assistindo de ontem para hoje. Podemos dizer que essas 24 horas constituem uma espécie de mágica do mal, em primeiro lugar, ao ouvir a narrativa sob a forma de denúncia que a Procuradoria-Geral da República ofereceu contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do chamado núcleo crucial. O antecessor do atual Procurador-Geral da República usou a seguinte expressão: “Enquanto houver bambu, vai ter flecha”. Agora, estão fabricando flecha sem ter bambu. Se não houver fato, não tem importância e serve a narrativa. Se não houver uma acusação concreta, serve uma acusação leviana, sem respaldo em fatos – disparou Esperidião Amin.

O senador fez questão de se solidarizar com o ex-presidente Bolsonaro e lamentou que nas mesmas 24 horas “nós estamos assistindo à descondenação de tudo aquilo que se viu na Lava Jato de concreto, a partir das denúncias do Sr. Youssef”. Amin continuou:

— Parece que se confirma a frase de Karl Marx: “Tudo que é sólido desmancha no ar”. Se, de um lado, sem bambu se fabricam flechas, fatos deixam de existir. Dane-se a realidade! Está tudo limpo, não houve roubalheira na Lava Jato e, desde o primeiro denunciante até o último condenado, está todo mundo livre. É uma bofetada no rosto da justiça e é uma bofetada no rosto do cidadão brasileiro, que clama por justiça – disse o senador.

Amin finalizou sua manifestação sobre o caso, lamentando que “o povo brasileiro esteja vivendo sob este guante, sob esta pressão, que é uma violência contra o caráter que nós queremos que prevaleça no nosso país”.

G. Dias e o 8/1

O senador aproveitou a oportunidade para também comentar sobre o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, que afirmou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu avisos sobre os atos golpistas do 8 de janeiro por mensagens, enviadas pelo então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura Cunha.

— E, se não bastasse isso tudo, nessas mesmas 24 horas a imprensa noticia que o ex-Ministro do GSI, o Sr. G. Dias, que comprovadamente recebeu mensagens, no dia 6 de janeiro, de que haveria invasão aos prédios da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Judiciário e do Executivo, na manhã do dia 8 de janeiro, dialogando com o então Diretor-Geral em exercício da Abin, disse: na manhã do dia 8: “Vamos ter problemas”. E afirma, perante o Supremo Tribunal Federal, hoje, que recebeu várias informações. Portanto, é preciso ter fé. Eu tenho fé, acho que estamos do lado certo, e a justiça verdadeira vencerá. Mas é preciso ter resistência, fé e acreditar que você está do lado certo, para resistir a essas bofetadas desses três fatos sobre os quais eu lamento aqui – lamentou Amin.