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Sul do Estado gera mais de 10,6 mil empregos formais no primeiro semestre

Desempenho é o terceiro melhor para o período nos últimos cinco anos, mesmo com a desaceleração observada nos últimos meses

 

O Sul do Estado fechou o primeiro semestre com 10.648 novos empregos formais gerados, o terceiro melhor desempenho para o período nos últimos cinco anos, mesmo com a desaceleração observada nos últimos meses no mercado de trabalho com carteira assinada.

Depois de 3.393 vagas adicionadas em janeiro, a mesorregião alcançou o pico da geração de empregos em fevereiro, quando acrescentou 4.233 postos de trabalho. Em março, o saldo ficou em 1.493, quase igualado em abril, quando chegou a 1.483 novos empregos.

Já em maio houve o único saldo negativo do ano, com o Sul do Estado registrando 516 demissões a mais que contratações no mês. Em junho, foram adicionadas 572 vagas, compensando com sobra a perda do mês anterior.

“O desempenho do emprego formal no primeiro semestre de 2025 na região Sul de Santa Catarina revela uma trajetória de crescimento, ainda que marcada por oscilações setoriais e territoriais pontuais”, comenta o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

“Criciúma encerrou o período com saldo positivo de 1.839 vagas formais, sendo 225 apenas em junho, evidenciando dinamismo no mercado local. A Região Carbonífera registrou 4.143 novos postos, consolidando uma tendência de expansão no território”, acrescenta o economista Alison Fiuza.

Com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, os dois economistas elaboram o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic). A publicação completa, com dados e análises dos especialistas, está disponível para consulta no site da entidade.

 

Estoque

 

Apesar disso, o avanço no estoque de empregos foi modesto: em Criciúma aumentou 0,28%, na Região Carbonífera subiu 0,09%, enquanto no Sul catarinense recuou 0,17%, indicando geração de vagas de forma gradual, segundo os economistas.

Em Criciúma, ao final do semestre, 81.017 pessoas trabalhavam com carteira assinada, número que na Amrec chegou a 160.972. Já o Sul do Estado fechou o período com estoque de 334.427 empregos formais.

 

Setores

 

Do ponto de vista setorial, a fabricação de produtos cerâmicos segue com os piores saldos em Criciúma, Região Carbonífera e no Sul catarinense, refletindo retração em uma atividade historicamente relevante.

Em contrapartida, segmentos como apoio à gestão de saúde (Sul), confecção de vestuário (Amrec), alimentação e bebidas (Criciúma) e fabricação de alimentos apresentam saldos positivos e têm impulsionado o crescimento do emprego formal.

 “Criciúma mantém sua posição como principal polo da região, beneficiando-se da diversificação econômica, sobretudo com o fortalecimento dos serviços. Já os setores industriais tradicionais enfrentam maiores desafios”, observa Rodrigues.

 “As perspectivas, diante de um cenário econômico mais incerto – marcado por juros altos, inflação e indefinições fiscais –, apontam para possível desaceleração no ritmo de crescimento. Ainda assim, a manutenção de saldos positivos nos principais segmentos evidencia certa resiliência do mercado regional”, completa Fiuza.