Coluna do dia

Terra arrasada

Com a prisão, quinta de manhã, de Luiz Fernando Pezão, quatro dos cinco governadores do Rio de Janeiro eleitos nos últimos 20 anos (!) estão ou já foram para trás das grades. O casal Anthony Garotinho e Rosinha Matheus e o recordista mundial na arte do butim ao erário, Sérgio Cabral. Juntas, as penas do ex-queridinho do MDB e de parte da esquerda, chegando a ser cotado, em seu auge, para suceder Lula da Silva, somam 170 anos de cana!

Também por obra e graça da Operação Lava Jato, combatida por todos os fronts por muita gente “boa”, os últimos três “santos” ex-presidentes da Alerj – o Parlamento estadual fluminense – também conheceram as instalações do Complexo Penitenciário de Bangu.

Assim como o ex-presidente do TCE e cinco dos seis conselheiros da corte de contas de lá. No total, 10 deputados estaduais também foram encarcerados.

Como bem definiu um integrante da Lava Jato, que o Rio de Janeiro seja uma caixa de ressonância. Não no quesito roubalheira instituída como sistema de governo e sim como modelo de combate à corrupção e de punição exemplar dos ladrões do dinheiro dos impostos.

 

MDB

Assim como o antecessor Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão é do MDB. E herdou o comando da organização criminosa no Rio, de acordo com o MPF, que teria tungado quase R$ 5 bilhões.

É tanto dinheiro que daria para pagar todas as aposentadorias dos servidores estaduais, ativos e inativos, por três anos. O Rio foi um dos Estados que mais atrasou e parcelou os salários do funcionalismo.

 

De colherinha

Enquanto os corruptos assaltam de pá os cofres públicos, as autoridades judiciárias vão recuperando os valores de colherinha, como diz o dito popular.

Até agora, a Lava Jato fluminense recuperou mais de R$ 700 milhões do que foi surrupiado pelas quadrilhas no Rio. Montante que representa pouco mais de 14% do total afanado pelos gatunos de lá.

 

Quarentena

Se a legislação for cumprida à risca, Pezão ficará 40 dias sem poder receber visitas. Exceção feita aos seus advogados, em períodos muito bem definidos. Desde abril até as eleições, em outubro, a banda saudável do Brasil assistiu, estupefata e indignada, certo encarcerado transformar sua cela em Curitiba num comitê eleitoral. O ex-mito petista recebeu, sentem para não cair, 572 visitas em seis meses de xilindró. Quanto escárnio! Há muito estabelecimento comercial por aí que não recebe essa quantidade de clientes num semestre.

 

Epagri, Cidasc e Ceasa

Eduardo Pinho Moreira sinaliza que não está nem um pouco disposto a assinar o acordo coletivo de trabalho que reajusta os salários dos servidores da Epagri, Cidasc e Ceasa, que atuam diretamente na cadeia do agronegócio catarinense. A data-base foi em maio. O reajuste solicitado é de 1,69%.

Para pressionar o governador, os sindicatos que representam o funcionalismo das três autarquias ameaçam colocar na rua, especialmente no interior do Estado, uma campanha midiática. O movimento também serve para informar a sociedade.

 

Em tempo

Apesar de todo o lobby de partes da mídia e de setores empresariais em favor da permanência de Vinícius Lummertz, o novo ministro do Turismo não será catarinense. Nem do MDB. O cargo ficará com o deputado mineiro Antônio Alvaro. Do PSL.

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