Coluna do dia

Tese de impeachment ganha força

Tese de impeachment ganha força

Repercutindo profundamente nos meios políticos a declaração do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de que “alguém” precisa reunificar o governo. Ele disse, ainda, que é preciso que se faça algo logo porque a crise política tende a agravar o quadro econômico.

A declaração do peemedebista veio a público na sequência de uma conversa entre o próprio Temer e a presidente Dilma Rousseff, contexto que só reforçou seu tom apocalíptico.

A interpretação mais óbvia da fala do vice é a de que a ex-mãe do PAC não tem mais condições de fazer o que quer que seja. Por isso, “alguém” precisa tomar a frente. Talvez Michel Temer esteja se “escalando” para ser este alguém ou dignou-se apenas a  apresentar uma sugestão, quase um aval, para que o Congresso Nacional tome as providências.

O sujeito da ação que precisa ser levada a cabo ainda não está claro, mas ficou evidente que a atual inquilina do Planalto perdeu o respeito nas duas Casas Legislativas e que seu governo, mediante o crescimento da tese do impeachment, ruma celeremente para a capitulação.

 

 

Reforço

Depois do discurso de Michel Temer, dois ministros, Joaquim Levy e Aloizio Mercadante, foram no mesmo diapasão, pregando, no Congresso, a necessidade de unidade. Destaque para Mercadante, conhecido pela postura arrogante. Todo humilde, ele apelou para que nasça um movimento suprapartidário pela governabilidade.

 

 

Interlocutor

Quem foi visto – em todos os noticiosos da TV! – durante reunião de peemedebistas com Michel Temer, esta semana, foi o deputado Rogério Peninha Mendonça. Como é ligado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, houve quem interpretasse sua presença entre os convivas como a sinalização para a abertura de um canal de diálogo entre os dois cardeais do manda brasa. Cunha, como se sabe, rompeu com o Planalto.

 

 

 

Telinha

O deputado e comunicador Cesar Souza (PSD) vai voltar para a telinha. Em setembro, ele estreia um programa comunitário, bem ao seu estilo, na Ric Record. Irá ao ar todos os sábado. Nos bastidores, a sensação é a de que o pessedista voltará à TV para, entre outras coisas, ajudar o filho-prefeito. Cesar Junior enfrentou muitas dificuldades nos dois anos e meio de mandato à frente da prefeitura de Florianópolis e toda ajuda que vier no sentido de buscar reeleição no ano que vem será muito bem vinda.

 

 

Superou Collor

Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que 71% dos entrevistados reprovam o governo Dilma. A ex-guerrilheira superou até mesmo Fernando Collor, que sofreu processo de impeachment em 1992. Sobre a possibilidade de impedimento dela, 66% se posicionaram a favor. O Titanic está afundando, mas a banda ainda não parou de tocar!

 

 

Enxugando

Vice-presidente da Assembleia, o deputado Aldo Schneider (PMDB) entregou ao presidente Gelson Merísio a primeira parte do trabalho de consolidação das leis catarinenses. O representante do Alto Vale pilota o projeto. Já foram revogadas 60 leis por terem sido declaradas inconstitucionais e extintas 699 leis inexistentes, além de outras ações neste sentido.

 

 

Socialista

Luciano Buligon, vice-prefeito de Chapecó, já está filiado ao PSB. Assinou ficha durante ato rápido, em Brasília, esta semana. Presentes o presidente estadual da legenda, Paulo Bornhausen, e o vice nacional, o gaúcho Beto Albuquerque. Buligon assume a prefeitura na semana que vem, com as férias de José Cláudio Caramori. A investidura definitiva será em outubro, com a renúncia de Caramori, que será empossado na presidência do Badesc.

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