Coluna do dia

Tiroteio na CPI

Como convidado (não investigado), o secretário de Administração do Estado, Jorge Tasca, foi ouvido pela CPI dos Respiradores na terça-feira à noite. Em vários momentos, houve bate-boca entre ele e os deputados que fazem parte da comissão.

O fundamental é que tenhamos uma CPI que funcione para ajudar no levantamento de elementos do que ocorreu na compra dos respiradores-fantasmas ao custo total de R$ 33 milhões sem garantias.

Novamente, salta aos olhos o tratamento inadequado que a CPI dispensa a depoentes. Sejam eles investigados ou não. Mesmo que o cidadão seja suspeito, o respeito é fundamental. Antes de qualquer condenação, as pessoas têm todo o direito à defesa.

É inominável o que se assistiu durante o depoimento de Jorge Tasca. Evidentemente que não são todos os deputados que ultrapassam os limites. Mesmo assim, todo o trabalho da CPI fica sob suspeição com este tipo de condução. Sobretudo sabendo-se que há deputados misturando claramente interesses eleitorais já em 2020 e o foco da Comissão.

 

Mão única

 

Todos os integrantes da CPI são da oposição e podem disparar contra o governo. Tasca, ao final da sessão, fez a defesa da gestão Moisés da Silva. Elencou pontos positivos da administração. Daí não pode. Alto lá, cara-pálida. É mão dupla, não é possível o colegiado parlamentar funcionar somente para um lado.

O que precisa agora  é a CPI afunilar para o relatório final, que será encaminhado às autoridades competentes.

 

Reta final

 

O prazo da Comissão Parlamentar de Inquérito vai se esgotando. A partir do relatório final, saberemos se o trabalho, que já ouviu dezenas de depoentes, contribuiu efetivamente para elucidar o escândalo dos respiradores ou se foi somente um palanque eleitoral.

 

Derrapadas

 

Já foram vários os equívocos deste CPI. O mais notório foi quando tentaram convocar o governador, modalidade que não cabe neste caso. Seria um convite, apenas. Agora, houve uma tentativa de aprovar um requerimento, a toque de caixa, pedindo a prisão de Márcia Pauli, servidora estadual. Esse tipo de situação está totalmente fora das atribuições da CPI. Que vai se afundando e pode acabar expondo todo o Legislativo estadual.

 

 

Contraponto

 

Citado na coluna de ontem, acerca de um possível acordo entre o PP e o PL (atual partido do parlamentar) na Capital, e que teria como protagonista a ex-prefeita e deputada federal Angela Amin, o vereador Pedrão encaminhou nota ao colunsita. Ele reafirma sua candidatura a prefeito (e nem poderia ser diferente neste momento) e afirma que é mentirosa a matéria veiculada pelo Jornal Notícias do Dia, dando conta de que ele foi flagrado surfando quando deveria estar na Câmara de Vereadores.

 

 

Candidato

 

“O meu partido, PL, vê todas essas características (diálogo, proximidade com o cidadão, modernidade e capacidade de articulação) reunidas na minha candidatura, que segue forte – inclusive com pesquisas internas indicando ótima aceitação junto ao eleitor da capital,” diz trecho do texto do vereador.

 

 

Mentira

 

O vereador se defende e também ataca. “Não tente diminuir o trabalho sério e dedicado que eu e minha equipe temos desenvolvido ao longo desta década, a partir de uma notícia mentirosa (veiculada por um jornal da Capital, dando conta de que o parlamentar estaria surfando em horário em que deveria estar na Câmara). Trabalho desde os 13 anos de idade, portanto, é completamente inútil o esforço de me colocar qualquer rótulo.”

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