Coluna do dia

Trairagem generalizada

Empresários, ex-prefeitos e do Norte do Estado. Udo Döhler( candidato a vice-governador em coligação com Carlos Moisés) e Antídio Lunelli, pré-candidato do MDB ao governo, têm muitas coisas em comum. Eram amigos próximos até o meio-dia de terça-feira. O joinvilense integrou, inclusive, um conselho político criado pelo ex-prefeito de Jaraguá do Sul durante sua gestão.
Importante rememorar, ainda, que Antídio Lunelli fez em 2022 o que Udo Döhler não teve coragem de fazer em 2018: renunciar a mais da metade de um mandato à frente de uma cidade importante para se habilitar à disputa ao governo catarinense.
Foi uma série incrível, poucas vezes vista, inacreditável, de traições e puxadas de tapete na direção de Lunelli.
Dois vídeos que circulam nas redes evidenciam o respaldo do ex-prefeito de Joinville a Antídio Lunelli. Depois de tudo o que disse e com o que se comprometeu publicamente, Udo mudou de opinião?
Outro ponto para ilustrar a série histórica de trairagem: sintomática a presença de Moisés da Silva ao final do almoço da bancada com o ex-prefeito de Joinville. Que pela primeira vez em anos ocorreu fora das dependências da Alesc!

Abraço
Moisés fez com Udo o que se recusou a fazer com Antídio quando o diretório do MDB indicou o jaraguaense como candidato a vice.
Para agravar o quadro: O Republicanos, partido de Moisés, marcou sua convenção para o mesmo dia e local da já agendada pelo MDB: 23 de julho na Assembleia Legislativa!
Fatos que entram negativamente para a história política de Santa Catarina.

Fora dessa
Celso Maldaner, o presidente licenciado do MDB, não participou do almoço da bancada com o Udo. E nem Edinho Bez, que responde interinamente pela sigla.

Nosso partido
Trocando em miúdos: a bancada se reúne para dizer que Udo é o nome para derrubar Antídio Lunelli e já chamaram Moisés da Silva. Sem a presença de um integrante sequer da Executivo do partido. Estão entregando o partido e ninguém da Executiva participa?

Histórico
Sem sombra de dúvidas, mais uma da série de movimentos surreais da política estadual nestes dias nebulosos.

Outro lado
Informações de bastidores indicam que o nome de Udo Döhler virou consenso no almoço da bancada para evitar constrangimentos generalizados. A ideia inicial era apresentar uma lista tríplice ao governador com o nome do ex-prefeito de Joinville e mais dois deputados do Oeste. Tal encaminhamento fatalmente levaria Moisés a ser obrigado a descartar dois deles.
Como a turma está falando em ir para a guerra contra Antídio e seu grupo, o negócio era buscar a convergência e união. Udo foi o tertius deste lado de lá do MDB. E também pelo componente regional, na tentativa de enfraquecer Lunelli na convenção.

Ausente
Jerry Comper foi o único deputado estadual que não compareceu ao almoço na casa de Luiz Fernando Vampiro.

Sintonizado
Ao que parece, Edinho Bez está sintonizado com a bancada na escolha de Udo Döhler com opção de vice.

Tiracolo
Moisés da Silva chegou ao almoço acompanhado do prefeito de Bombinhas, Paulo Dalago, e do chefe da Casa Civil, Juliano Chiodelli.

Deixa disso
Ainda há a crença, entre os mosaicos do MDB-SC, de que bombeiros vão entrar no circuito para tentar apaziguar os ânimos e demover Antídio Lunelli de ir à convenção. A conferir!

Reforço
A corrida de Celso Maldaner rumo à convenção do MDB ganhou um reforço importante. O prefeito de São Lourenço do Oeste, Rafael Caleffi, solicitou licença do cargo e está participando dos roteiros de Maldaner que busca a indicação dos delegados para a vaga do Senado. O gesto, segundo Caleffi, é em gratidão ao trabalho do presidente licenciado do MDB e deputado que mais trouxe recursos para Santa Catarina.

Maldaner e Antídio
O movimento dos deputados que fecharam com Udo Döhler para ser vice de Moisés praticamente empurra Celso Maldaner na direção de Antídio Lunelli. Caso contrário, o deputado corre o seríssimo risco de ficar sem as bases para conquistar a indicação ao Senado na convenção do MDB. Outro aspecto: Maldaner bancou o nome de Antídio desde o início.

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