Coluna do dia

Tucanato na berlinda

No vácuo do encarceramento de Lula da Silva, autoridades judiciais do país viraram as baterias na direção de tucanos de plumagem espessa.

Na terça-feira, o ministro catarinense do STJ, Jorge Mussi, manteve a condenação de 20 anos de prisão ao notório Eduardo Azeredo. A sentença decorre do processo do chamado mensalão tucano de Minas Gerais. Azeredo presidiu a seção nacional do PSDB. Governou os mineiros. E foi senador. Uma senhora baixa no ninho.

Ato contínuo, o distinto público ficou sabendo que o presidenciável do partido, Geraldo Alckmin, já sem foro privilegiado, terá que responder pela acusação de Caixa 2 em primeira instância. O fato de o processo estar sendo remetido à Justiça Eleitoral pode significar um refresco ao tucano do ponto de vista jurídico. Ele sai do guarda-chuva da Lava Jato. Mas o estrago político não parece estar vinculado a diferentes foros judiciais. Tanto que já se fala novamente no nome do ex-prefeito de São Paulo, João Doria, para encabeçar a chapa do PSDB à Presidência da República.

 

Tripé

Para completar o triunvirato de péssimas notícias envolvendo cardeais-tucanos, na próxima terça-feira, o não menos notório Aécio Neves pode virar réu. Isso se o STF  aceitar a denúncia do Ministério Público contra o neto de Tancredo por corrupção e obstrução de Justiça. É o mínimo que a sociedade espera depois de tudo o que veio à tona em relação ao ainda senador mineiro.

 

Suprapartidária

Embora haja quem queira carimbar a Operação Lava Jato como partidária, ela é suprapartidária. Já encarcerou e está por encarcerar gente de MDB, PT, PSDB, PP, PSD, DEM e por aí vai. O trabalho é anticorrupção. O resto é conversa fiada.

 

Sem acesso

Vai se complicando a situação do deputado federal João Rodrigues. Na primeira instância, o juízo de Brasília, mais precisamente a Vara de Execuções Penais do DF, negou o pedido de trabalho externo do parlamentar. Na prática, Rodrigues quer atuar na Câmara de dia, retornando ao cárcere à noite.

 

Mandato x trabalho

Mas a juíza Leila Cury entende que o mandato parlamentar não é trabalho laboral.

Sem voz, o deputado agora depende cada vez da mulher, Fabiana, que se inscreveu no DEM e deve disputar uma cadeira na Alesc, para continuar, de alguma maneira, influenciando aqui e acolá.

 

Agora vai?

Espera-se que não seja apenas um sopro em função do ano eleitoral. As duplicações de trechos das BR’s 470 e 280, dois corredores de escoamento da produção catarinense, são fundamentais para o futuro do Estado. Na semana que se encerra, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Valter Casimiro, assinou novas ordens de serviço e a liberação de R$ 80 milhões.

 

MDB e PSDB

O ato ocorreu no próprio ministério e contou com a presença da bancada de parlamentares do Estado. Presentes os senadores Paulo Bauer e Dalirio Beber, ambos do PSDB; os deputados tucanos Marco Tebaldi (federal) e Vicente Caropreso (estadual), e os deputados federais Mauro Mariani e Celso Maldaner, ambos do MDB.

 

Em alta

Presidente da Alesc, deputado Aldo Schneider, vem arrancando elogios de autoridades, colegas, funcionários e população em geral que visitam a Casa.

Está fazendo uma gestão austera, transparente e voltada aos 40 deputados, que representam o Estado no Parlamento. Esta semana, ele assinou termo de convênio com o presidente do TRE, desembargador Ricardo Roesler. A Assembleia disponibilizará 20 estagiários aos Cartórios Eleitorais de Santa Catarina, que auxiliarão de maio a dezembro nas atividades relacionadas ao pleito.

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