Processo é resultado de pesquisa iniciada em 2023
A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e as Universidade de Dankook e Chung Ang, na Coreia do Sul, deram início ao processo de patente de um produto medicinal desenvolvimento a partir de Guanandi (Calophyllum brasiliense), árvore nativa do Brasil com folhas popularmente utilizadas para o tratamento de dor, inflamação, entre outras patologias.
A patente, depositada neste mês de abril na Coreia do Sul, é resultado de uma pesquisa internacional iniciada em 2023 envolvendo pesquisadores da Univali e da Universidade de Dankook.
“Os excelentes resultados obtidos depois de um ano e meio de estudos, bem como o ineditismo da pesquisa e a identificação da aplicação industrial do produto culminaram no pedido de patente. O processo foi iniciado na Coreia do Sul e o intuito é também fazer o pedido no Brasil, nos Estados Unidos e em países da Europa”, destaca o reitor da Univali e coordenador do projeto, professor Valdir Cechinel Filho.
A pesquisa, aprovada na chamada pública n° 13/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem a participação de nove pesquisadores do curso de Farmácia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Univali. A equipe de pesquisadores brasileiros é responsável por otimizar os métodos de extração, técnicas de concentração, padronização de materiais e aquisição de dados de segurança, além da avalição de outros efeitos medicinais adicionais do produto.
Na Coreia do Sul, a equipe, coordenada pela pesquisadora So-Young Park, investiga os efeitos da planta no tratamento de doenças causadas por inflamação, como Doenças Inflamatórias Intestinais, Mal de Alzheimer e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. A pesquisa é realizada por meio de experimentos in vitro e tem sua funcionalidade validada por experimentos in vivo com animais.
“A patente reforça a internacionalização da Univali nas áreas de pesquisa e inovação, além de evidenciar como a instituição tem avançado na proteção de ativos de propriedade intelectual. A expectativa é que o processo seja concluído nos próximos anos revertendo na aplicação industrial do produto e em benefícios reais para a sociedade”, enfatiza Cechinel.