Não soa assim tão verossímil essa história, que andam espalhando aqui e acolá, de que existiria uma disputa pelo passe de Raimundo Colombo.
Há quem diga que o MDB o quer na chapa proporcional à Câmara Federal – que, aliás, até agora, é fraquíssima, assim como da maioria dos partidos. Por outro, dizem que o PSD quer mantê-lo porque afinal estamos falando de um ex-governador de dois mandatos, ex-senador, ex-deputado federal, estadual, além de ter sido três vezes prefeito de Lages.
Na realidade, atualmente Colombo representa muito pouco no contexto eleitoral.
Vale rememorar que, depois de sete anos como governador, ele perdeu a eleição para o Senado em 2018, quando duas vagas foram preenchidas; voltou a perder em 2022 e agora está reivindicando o mandato daquele que ganhou com mais do que o dobro da sua votação. A intenção do ex-governador é completar o mandato de Jorge Seif, caso ele venha a ser cassado pelo TSE.
Sim, porque Raimundo Colombo já avisou que não disputará nova eleição. Até porque, se disputar, perderá a terceira seguida.
É bom ele ir esperando sentado. Se Seif for cassado, haverá nova eleição. Sem o nome de Raimundo Colombo nas urnas.
Ao fim e ao cabo, o potencial eleitoral do Raimundo praticamente não existe mais. Na verdade, vamos mais afundo. É possível questionar se em algum momento esse potencial todo existiu efetivamente.
Ele só ganhou as três eleições majoritárias das quais participou porque teve o respaldo e a sustentação do MDB. Leia-se o pleito ao Senado em 2006; e as duas ao governo em 2010 e em 2014.
Foi só ele se desvincular do MDB que já perdeu duas para o Senado. Então, que fique registrado: nunca foram Vilson Kleinübing, Jorge Bornhausen ou Esperidião Amin que o transformaram em nome estadualizado. Foi exclusivamente o MDB.
Simples assim.
foto>arquivo, divulgação