Vice-governadora trabalha por mais investimentos dos impostos federais catarinenses em SC

Reconhecida por sua trajetória na defesa das mulheres, primeiro como delegada da Polícia Civil em Joinville por quase três décadas e, desde 2023, como vice-governadora, Marilisa Boehm está erguendo uma nova bandeira de atuação. Ela incluiu entre suas metas de trabalho conscientizar pessoas físicas e jurídicas que é possível garantir a aplicação direta de parte dos tributos pagos ao governo federal diretamente em Santa Catarina por meio da declaração de Imposto de Renda.
A primeira ação ocorreu em setembro, quando ela publicou um artigo sobre o assunto em jornais e portais de notícia de todas as regiões do Estado. A próxima etapa será o início do programa IR com Propósito, ideia de Marilisa que ganhou o apoio do governador Jorginho Mello e passará a ser uma ação de Estado. O lançamento está programado para ocorrer no próximo mês de novembro. “É o melhor modo de termos certeza de que ao menos uma parte do que todos arrecadamos para Brasília seja investida aqui”, avalia.
A vice-governadora apurou que, em 2024, R$ 1,33 bilhão poderia ter ficado em Santa Catarina, mas o dinheiro foi parar em Brasília. O princípio para evitar isso, segundo ela, é simples. Ao acertar as contas com o Leão, pessoas físicas podem direcionar até 9% do Imposto de Renda para projetos sociais e, as jurídicas, 10%. De acordo com a Receita Federal, o potencial catarinense para projetos de leis de incentivo é de R$ 470 milhões para o primeiro grupo e de R$ 860 milhões para o segundo. Os valores podem beneficiar leis de incentivo ao esporte, à cultura e ao audiovisual e à reciclagem; fundos do idoso, da criança e do adolescente; e aos programas nacionais de apoio à pessoa com deficiência (PRONAS) e à atenção oncológica (PRONON).
Esse ato de empreendedorismo tributário é autorizado pelo governo federal. “É uma ação simples e que vai gerar impacto social e desenvolvimento econômico local. Pois, além de mantermos os recursos nos nossos municípios, a tendência é que os fundos e projetos contratem fornecedores locais, fortalecendo ainda mais a economia catarinense e gerando empregos”, avalia Marilisa.