Delegado da Polícia Federal, Josélio Azevedo de Sousa, solicitou, em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido no inquérito que investiga se parlamentares se beneficiaram dos desvios bilionários organizados a partir de contratos com a Petrobrás. Ex-ministros, entre eles a catarinense Ideli Salvatti, que está em Washington, também podem ser ouvidos.
Mas o depoimento do ex-metalúrgico só se concretizará se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot (recém reconduzido ao cargo por Dilma Rousseff) se manifestar formalmente pela necessidade da oitiva de Lula da Silva.
O policial reconhece que não há provas do envolvimento direto do petista com o esquema. Ressaltou, contudo, que “não pode se furtar à luz da apuração dos fatos,” se o ex-presidente foi ou não beneficiado “pelo esquema em curso na Petrobras”, “obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”.
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