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A contribuição das cooperativas para a retomada econômica

LUIZ VICENTE SUZIN Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)

 

            As cooperativas catarinenses darão, mais uma vez, uma contribuição essencial para a retomada da economia em 2022. Presentes em praticamente todos os setores da atividade, as cooperativas continuarão a gerar empregos, renda, produção e serviços e, assim, respondendo por ampla parcela do Produto Interno Bruto (PIB).

            Em realidade, as cooperativas em nenhum momento deixaram de operar – sejam as agropecuárias, de crédito, de transporte, de saúde, de consumo, de infraestrutura etc. Mantiveram ininterruptamente as atividades e, em sua maioria, continuaram com os programas de expansão e investimentos.

            Santa Catarina, um dos Estados mais cooperativistas do País, vive um estágio muito peculiar, comparável ao regime de pleno emprego. Há uma escassez de recursos humanos para ocupação nas indústrias, no campo, no comércio e no setor de serviços. O recrutamento, a seleção e a capacitação de trabalhadores brasileiros não tem sido suficiente e, por isso, o emprego de mão de obra estrangeira vem sendo uma das alternativas.

            Essa situação se deve ao dinamismo da economia catarinense, que tem uma matriz diversificada, e ao arrojo do empresariado historicamente vocacionado para empreender, inovar e ampliar. Refletindo as características desse contexto no qual estão presentes há mais de um século, as cooperativas catarinenses responderão por parcela significativa da geração de emprego e renda, da produção econômica e da arrecadação tributária.

            Ainda não dispomos de números do exercício recém-encerrado, mas a receita operacional bruta das cooperativas – fruto do esforço dos seus mais de 3 milhões de cooperados – será seguramente em torno de 60 bilhões de reais em 2022.

            Continuará gigante a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio, que respondem por mais de 70% das vendas catarinenses no exterior, decorrente da imensa presença das cooperativas nas cadeias produtivas de grãos, da suinocultura e da avicultura. O movimento ascendente atingirá, provavelmente, todos os ramos.

            As cooperativas continuarão pugnando por investimentos em infraestrutura, pois as más condições de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, comunicações etc. retiram parte da competitividade obtida dentro dos estabelecimentos rurais, das fábricas, dos laboratórios e  dos escritórios.

            Por outro lado, as eleições podem constituir um momento para o apoio aos candidatos que defendam os ideais e postulados do cooperativismo e os projetos de real interesse das coletividades.