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A missão da Fiesc à Colômbia

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, está liderando empresários do setor e representar a Confederação Nacional da Indústria (CNI) durante missão brasileira à Colômbia, nos dias 4 e 5 de outubro, com a participação da presidente da República, Dilma Rousseff. Durante a missão, em Bogotá, a indústria vai defender o início das negociações de um Acordo para Evitar Dupla Tributação (ADT) e a celebração de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com o país andino. O pedido já foi feito aos ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Desenvolvimento, Armando Monteiro; e das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

presidente da Fiesc

Na segunda-feira, dia 5, Côrte, que é vice-presidente da CNI, participa de seminário para debater oportunidades de negócios e parcerias, com a presença de representantes dos Ministérios das Relações Exteriores do Brasil e da Colômbia; do representante da Agência de Promoção de Turismo, Investimentos e Exportações da Colômbia (Procolombia), Juan Carlos González; do presidente da Apex-Brasil, David Barioni; e do presidente da Associação Nacional de Empresários da Colômbia, Bruce Mac Master.

Estudo da CNI que levantou os interesses da indústria brasileira relacionados à exportação para cada um dos países da América do Sul apontou que a Colômbia apresenta a quantidade mais expressiva de produtos classificados como interesses potenciais, ou seja, nos quais se identifica bom potencial de exportações do Brasil para o país vizinho, mas, cujas vendas ainda são pouco significativas.

A programação na Colômbia ainda prevê três painéis: o primeiro será o diálogo setorial, com a participação do diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Fernando Pimentel; e do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Carlos Pastoriza. O segundo vai abordar as oportunidades de negócios e expansão do comércio entre Brasil e Colômbia, com a participação da Apex-Brasil, Procolombia, FIESP e Associação de Empresários da Colômbia (ANDI). O terceiro vai tratar da promoção e facilitação de investimentos entre Brasil e Colômbia, com a participação das empresas Votorantim, Procaps e Corona. Após os painéis, Côrte assina pela CNI, declaração conjunta entre a entidade industrial brasileira e a ANDI. O encerramento da agenda de segunda-feira contará com pronunciamentos da presidente Dilma Rousseff, e do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

A população da Colômbia é de 46,7 milhões de habitantes. No ano passado, o PIB do país totalizou US$ 378,4 bilhões, e cresceu 4,55%. No mesmo período, a inflação foi de 2,89% e a taxa de desemprego 9,10%. Relatório do Banco Mundial que apresenta o ranking de clima de negócios classifica a Colômbia como o 34º país com mais facilidade para fazer negócios entre 189 economias do mundo – o Brasil ocupa a 120ª posição.

A Colômbia foi o 28º principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 0,9% no total da corrente de comércio em 2014. Entre 2010 e 2014, o intercâmbio comercial do Brasil com o país andino cresceu 25,2%, de US$ 3,2 bilhões para US$ 4,1 bilhões de corrente de comércio. Nesse período, as exportações cresceram 8,6% e as importações aumentaram 59%. O saldo da balança comercial, favorável ao Brasil em todo o período analisado, ficou positivo em US$ 668,6 milhões em 2014.

As exportações brasileiras para a Colômbia são compostas, em sua maior parte, por produtos manufaturados, que representaram 92,6% do total em 2014, com destaque para máquinas mecânicas e automóveis. Os semimanufaturados posicionaram-se em seguida com 4,8% (produtos semimanufaturados de ferro e aço e outras ligas de aço) e os básicos, com 2,5%.

Os produtos básicos representam a maioria das importações brasileiras procedentes da Colômbia, e somaram 53% da pauta de importações do país em 2014, representados, sobretudo, por combustíveis e cobre. Os manufaturados aparecem na sequência, com 45,1% (plásticos e produtos das indústrias químicas) e os semimanufaturados com 1,9%.

Santa Catarina: As exportações catarinenses à Colômbia totalizaram US$ 92,6 milhões em 2014. Os principais produtos embarcados foram motocompressores, aparelhos de barbear, motores elétricos e cerâmica de revestimento. No mesmo período, as importações catarinenses da Colômbia somaram US$ 171,2 milhões. Entre os principais produtos comprados do país vizinho estão policloreto de vinila, poliestireno e polipropileno.

(foto: Plínio Bordin/Fiesc)