Blog do Prisco
Manchete

Acordão PL-PP

Os movimentos políticos, partidários e eleitorais de Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) podem gerar uma convergência entre eles já no pleito municipal do próximo ano. Vale lembrar que ambos foram eleitos ao Senado na disputa de 2018. Em 2022, eles buscaram o governo do estado. Jorginho foi bem sucedido. Só que agora a dupla vislumbra o futuro sob o diapasão da parceria político-eleitoral.
Outro aspecto que aproxima Jorginho e Esperidião neste momento da história política: o PP nacional está na oposição a Lula da Silva, diferentemente do PSD, que indicou três ministros na Esplanada.
Não por acaso, há articulações envolvendo dois municípios da maior importância como Criciúma, o principal do Grande Sul do estado; e Blumenau, o mais importante de todo Vale do Itajaí, região que é o principal colégio eleitoral do estado.
A convivência entre os líderes maiores, o governador e o senador, é boa. Suas perspectivas em 2026 são diferentes. Devem buscar a reeleição para os cargos onde estão. Não está descartada inclusive uma composição entre os dois para a majoritária.
Isso significa que os dois partidos vão se aproximar em Santa Catarina. O PP já está no governo Jorginho com Silvio Dreveck na Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, além de outros cargos.
Quadro que pode fazer com que lideranças do MDB, do PSD e de outras legendas deixem seus partidos rumo ao PL ou ao PP. Até porque Santa Catarina é conservadora e bolsonarista na essência.

Conexão sulista

No Sul, Ricardo Guidi, deputado federal, tem tudo para virar secretário do Meio Ambiente de Jorginho Mello para, ali adiante, assumir a candidatura à prefeitura de Criciúma. Pelo PL. Clésio Salvaro foi para o PSD, partido para o qual está levando o seu candidato de estimação, o secretário e vereador licenciado Arleu da Silveira.

Porta de saída

Trocando em miúdos, o PSD está enxotando Ricardo Guidi, deputado federal e presidente da sigla em Criciúma. Imaginando que essas projeções ganhem corpo ali adiante, o PP pode indicar o candidato a vice-prefeito do PL, que teria Ricardo Guidi na cabeça.

Vale

De Criciúma, passemos para o Vale do Itajaí. Na próxima semana, Esperidião Amin vai visitar o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, assim como fez na semana passada em Joinville, onde esteve com Adriano Silva. O alcaide joinvilense sinaliza a disposição de seguir filiado ao Partido Novo.

Pule de 10

Silva, ao natural, é candidatíssimo e favoritíssimo à reeleição. O PP poderá apoiá-lo? Hipótese não descartável. Já no Vale do Itajaí, Hildebrandt estaria avaliando concretamente a possibilidade de trocar o Podemos pelo PP.

Domínio

Vale lembrar que tanto Criciúma quanto Blumenau são territórios dominados pelo conservadorismo e pelo bolsonarismo. O Vale do Itajaí é a região mais bolsonarista do país. Criciúma, a seu turno, é um dos principais municípios catarinenses ligados ao movimento político liderado por Bolsonaro.

Companheirada

Um dos equívocos de Clésio Salvaro foi esse. Ele sempre bateu de frente com o PT, mas passa às fileiras do PSD, sigla de Gilberto Kassab que está confortavelmente assentada na esplanada vermelha em Brasília.

Assertividade

O líder blumenauense, a seu turno, está olhando para frente. Evidentemente que pensando em novos mandatos, Hildebrandt tem que estar em uma legenda afinada com o bolsonarismo, sintonizada com o ex-presidente da República. O PP representa tranquilamente um desses endereços atualmente.

Perspectiva

No Vale, o candidato governista (municipal e estadual) poderia vir a ser o atual presidente do BRDE, e ex-prefeito de dois mandatos, João Paulo Kleinübing.

Visibilidade

A proa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul é posição de destaque. JPK, não custa rememorar, foi derrotado no segundo turno do pleito de 2022 pelo próprio Hildebrandt.

Relógio

O tempo passa e um acordo parece que vai se tornando possibilidade real entre eles. O atual prefeito, uma vez tendo ingressado nas fileiras do PP, poderia indicar o vice de João Paulo, um nome que poderia sair inclusive do PL. Aí teríamos Jorginho e Esperidião, além do próprio Hildebrandt apoiando Kleinübing. Sem sombra de dúvidas, seria uma composição robusta.