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Ada: “Assembleia faz sua obrigação, governo também precisa fazer”

Deputada lamentou a falta de planejamento e gestão dos recursos, que poderiam ser usados em UTIs e testagem em massa

Na semana em que a Comissão Especial da Assembleia Legislativa realiza seis audiências públicas regionais para discutir o avanço do coronavírus em Santa Catarina e o relatório final da CPI dos Respiradores foi apresentado, a deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB) cobrou que o governo do Estado cumpra com a obrigação de planejar e gerenciar os impactos da doença na população catarinense. Na sessão desta quarta-feira (19), Ada afirmou que o Legislativo está fazendo a sua parte.
“Me sinto no lugar daquela mãe que recebe um boletim cheio de notas boas e responde à filha ou ao filho: ‘tu não fizeste mais do que a tua obrigação’. Estamos fazendo a nossa obrigação, que é honrar a confiança do cidadão que nos colocou nesta Casa. O governo do Estado também precisa fazer a sua obrigação. Se o Executivo fizesse a sua parte, não estaríamos aqui diante da perspectiva de caos”, disse Ada.

Destino dos R$ 33 milhões
Diante do relatório final da CPI dos Respiradores, Ada avaliou que os R$ 33 milhões poderiam estar sendo usado para a ativação de mais leitos de UTI, ou ainda para uma testagem em massa. Pouco mais de 500 mil testes já foram aplicados, diante de uma população estimada em 7 milhões de habitantes. “Com uma testagem maior, poderíamos ter um isolamento social mais objetivo e efetivo”, afirmou Ada.

Falta de leitos em UTIs
A deputada fez um balanço prévio das audiências públicas regionais na comissão especial que controla os gastos do dinheiro público direcionado ao tratamento de pacientes com o coronavírus. A maior preocupação é com a ocupação dos leitos de UTI, diante da informação que o número de casos deve aumentar ainda mais.

Letalidade e comorbidades
Ada também demonstrou preocupação com a taxa de letalidade da doença no Estado, hoje em 1,56%. “Ou seja, de cada 100 pessoas que pegam a covid-19 em Santa Catarina, entre uma e duas vão morrer. Sabe o que me assusta? Tem gente que acha isso pouco”, disse Ada. Outro número que a deputada lamentou foi o de mortos que não tinham comorbidades. Das 1.889 vítimas até terça-feira, 347 não apresentavam doenças prévias.