Blog do Prisco
Destaques Notícias

ANÁLISE: A gratidão de Colombo ao PMDB

Na vida pública desde o final dos anos 1970, Raimundo Colombo (E) começou a caminhada pelas mãos do então governador Jorge Konder Bornhausen. Na sequência, foi aliado de Esperidião Amin (em seus dois governos) e Vilson Kleinübing. Amin encerrou sua última gestão estadual em 2002. Durante todo este período, o governador foi leal aos líderes maiores, cada um sua época. Mas jamais teve espaço majoritário.

raimundo colombo gratidão LHS

 

 

Tal janela só foi aberta pelo falecido Luiz Henrique da Silveira (D), em 2006, quando o líder lageano conquistou uma cadeira no Senado para depois ser eleito e reeleito governador do Estado. Ressalte-se que, desde 1982, o PMDB só não lançou candidato ao governo justamente em 2010 e 2014, quando abriu mão para apoiar o atual mandatário.
Levando-se em consideração que uma das marcas políticas de Raimundo Colombo é a gratidão, não fica difícil entender porque o governador deseja estar com o PMDB novamente em 2018. Só que com o Manda Brasa na cabeça de chapa. Fecharia um ciclo, não apenas no sistema de rodízio entre PMDB e PSD, mas também no contexto da gratidão após ele ter vencido três eleições majoritárias com o apoio peemedebista.
Passando o bastão
Está claro que o componente da gratidão pesa no raciocínio de Colombo, que tem tudo para entregar o último ano de governo a Eduardo Pinho Moreira (C). Neste contexto, ele concorria ao Senado com a administração estadual alinhada à chapa. Caso contrário, o cenário muda radicalmente, pois se o PSD não estiver com o PMDB, a candidatura ao Senado do governador fica praticamente inviabilizada, pois ele não teria como entregar o Estado nas mãos daqueles que seriam adversários logo em seguida.

Foto: Mafaldapress, arquivo, divulgação