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Assembleia que contestou eleições divide a FACISC

A Assembleia Geral Extraordinária que contestou as eleições da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) revelou uma divisão inequívoca na entidade, especialmente em relação à condução do processo eleitoral. Realizada nesta sexta-feira (16) e convocada por 27 ACIs integrantes do movimento ‘FACISC Pode Mais’, que teve candidatura impugnada em prol da chapa única apoiada pela situação, a assembleia manteve o pleito realizado em setembro, repleto de incoerências.

Questões estatutárias, como a formação de um comitê eleitoral depois de lançado o processo de sucessão, a suspeição do mesmo comitê – que continha membros de ACIs concorrentes a cargos eletivos – e argumentos de prazos não factíveis à oposição foram completamente ignorados. Um terço das associações empresariais presentes votou consistentemente contra o procedimento, o que demonstra a fragilidade das decisões tomadas unilateralmente, bem como coloca em xeque um sistema que deveria pregar a união.

Destaque para o entendimento quase unânime de que nenhum candidato, mesmo da situação, pode utilizar dos recursos da entidade em seu favor, e de que o Presidente não deve decidir de forma monocrática questões referentes ao processo eleitoral. Essas práticas foram incorporadas ao processo e expressam uma evolução, consequência deste – ainda que tumultuado – debate.

Os questionamentos procuravam tão somente trazer transparência e lisura. Lamentavelmente, a parcialidade revelada denota uma entidade que evita o diálogo, o contraditório e, principalmente, ignora o motivo de sua própria existência: o desenvolvimento da sociedade, a troca de ideias e a beleza do associativismo. Fica à Federação a oportunidade de agregar ou afastar esta parcela considerável de suas associações, alimentando ainda mais divergências ou dando ouvidos àqueles que demonstram sistematicamente não concordar com a forma como as coisas são conduzidas.

 

Movimento FACISC Pode Mais