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Balneário: nota sobre “apagão” na gestão

NOTA À SOCIEDADE

Lideranças políticas de Balneário Camboriú, unidas, vem a público se manifestar sobre o retrocesso no desenvolvimento econômico e social da cidade; a falta de planejamento e a paralisação do planejamento e gestão da Capital Catarinense do Turismo.

GASTOS

Sem qualquer diálogo com a sociedade e na contramão da crise instalada no país, esta administração criou, nos últimos três meses, dezenas de novos cargos comissionados, várias secretarias e comissões remuneradas ao custo de aproximadamente 4,1 milhões à mais ao ano, destoando da atual situação econômica nacional, que exige redução de gastos, controle das contas públicas e planejamento econômico para médio e longo prazo.
O resultado da má gestão e da falta de compromisso com a moralidade, foi a denúncia criminal de 46 pessoas na Operação Trato Feito, dentre elas sete secretários municipais, colocando todo o governo em suspeição por um escândalo de dimensão nunca antes presenciada na história da cidade.

nota balneário

SAÚDE

Passados mais de seis anos, a administração municipal ainda não encontrou uma forma efetiva de gerir o Hospital Municipal Ruth Cardoso, não tendo sequer as licenças necessárias para seu funcionamento, bem como, os médicos são contratados temporariamente de forma precária sem qualquer vínculo efetivo que possibilite melhor planejamento em suas ações.
O Pronto Atendimento do Bairro das Nações que deveria ser entregue em 2012, continua em obras após três anos de atraso. Mais de 10 mil pessoas esperam por consultas e exames; mesmo gastando R$ 105 milhões com saúde em 2014, a prefeitura ficou 1 ano e meio sem cardiologista e outras especialidades. As unidades de saúde foram sucateadas, ficaram sem médicos e voltaram a ser palco de filas desumanas todas as madrugadas, demonstrando uma total falta de controle na gestão.

OBRAS INACABADAS

Mesmo com arrecadação de quase R$ 2 milhões por dia, estamos com todas as obras importantes paralisadas. A falta de capacidade e gestão do governo municipal faz com que Balneário Camboriú não consiga retomar o crescimento, mesmo com a troca de 03 secretários de planejamento em um ano e meio.
Por exemplo, o Centro Olímpico “Osvaldo Husadel”, do Bairro das Nações, está fechado há mais de três anos devido à necessidade de obras e reformas; os binários que desafogariam o trânsito da cidade andam a passos de tartaruga; a obra do viaduto da quarta avenida e avenida do estado foi suspensa por suspeita de corrupção; as novas adutoras estão atrasadas dois anos colocando em risco o fornecimento de água na alta temporada; as populações ao sul do Rio Camboriú e ao longo da Interpraias, apesar das promessas, continuam sem abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. São fatos inaceitáveis numa cidade que tem proporcionalmente uma das prefeituras mais ricas do país.
Entre tantas outras obras contaminadas pela corrupção, uma pode ser considerada o símbolo do desgoverno, a Passarela da Barra, também conhecida como Passarela Trato Feito. Sem nada que justificasse investir cerca de R$ 30 milhões numa obra onde não passam veículos, a construção está parada desde que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco identificou um conluio de secretários e diretores, pessoas de confiança do prefeito, acumpliciadas à fornecedores lesando os cofres públicos através daquela obra.
A obra pública mais cara da história da cidade é também o maior ícone de corrupção, estampando nossa cidade mais uma vez na mídia, com o pedido judicial de ressarcimento de mais de 28 milhões e bloqueio de bens dos envolvidos sem, contudo, ninguém saber quando ficará pronta e quanto custará para finalizá-la e, também, seu custo mensal de funcionamento.

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Balneário Camboriú vive um apagão na gestão pública que está, de forma inquestionável, prejudicando nossa economia e comprometendo o desenvolvimento econômico e social. Nossa indústria, o turismo, padece de divulgação profissional e investimentos efetivos na área. Nenhum novo empreendimento turístico que agregue valor a marca da Cidade foi entregue a comunidade.

É hora de mudar este estado de coisas. Sendo assim, reiteramos nosso compromisso de seguir fiscalizando e reivindicando do atual governo, uma imediata contenção de gastos; boa gestão; nomeação de pessoas qualificadas para o exercício de funções públicas estratégicas e um planejamento que pense e projete uma Cidade sustentável para todos. Tudo isso, naturalmente, com a indispensável transparência e publicidade, princípios norteadores da gestão pública e que precisam ser resgatados em Balneário Camboriú para que fatos como estes, não retornem a acontecer.

Representantes de cinco partidos, entre eles, os vereadores, Pedro Francez, Claudir Maciel, Moacir Schmidt e Mariza Fernandez, assinam a carta, tendo também a assinatura dos presidentes de três siglas, Ary Souza, Raphael Carvalho e Geonete Bernardi Peiter. Leonel Pavan Júnior e Fabrício Oliveira também assinam o documento.

Foto: divulgação