Blog do Prisco
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Bastidores da eleição de Pavan na Alesc

O mundo político de Santa Catarina foi pego de surpresa com a eleição de Leonel Pavan (PSDB) para a vice-presidência da Assembleia. À primeira vista, o cargo pode não parecer tão relevante, mas este ano a escolha atemporal em decorrência da morte do ex-presidente Aldo Schneider teve como pano de fundo a eleição para o governo do Estado. As articulações foram intensas.

Gelson Merisio trabalhou em favor de Neodi Saretta, praticando um gesto na direção do PT e mirando os votos vermelhos no segundo turno.

Saretta desistiu porque passaria a impressão de que o PT já estaria abraçando a candidatura de Merisio.  Assim, passa a imagem que o correligionário Décio Lima segue firme na luta para suceder Eduardo Pinho Moreira. O resto é conversa fiada.

Convergência

A partir da desistência de Saretta, Merisio não quis bancar outro nome para evitar uma disputa. Até poderia bancar e ganharia a queda-de-braço contra o MDB, mas ele racicionou o seguinte: ele e Pavan se dão bem. E muito embora o PSDB seja adversário e tenha indicado o vice de Mauro Mariani, Napoleão Bernardes, que é da mesma região de Pavan, o deputado terá dificuldade de pedir votos para ele no segundo turno. Se a disputa for entre Merisio e Mariani. Mas em eleição sempre é possível descarregar votos aqui e ali.

Na Mesa

Gelson Merisio concordou com o nome de Pavan também porque o ex-governador surgiu como solução de consenso. Os tucanos estavam fora da Mesa Direta da Alesc desde que o deputado Mário Marcondes trocou o PSDB pelo MDB. Como Pavan teve um sério problema de saúde este ano, ficando fora do páreo eleitoral, acabou sendo uma homenagem de fim de carreira. O tucano foi três vezes prefeito de Balneário Camboriú, deputado federal, senador, vice-governador e governador em mandato-tampão.

Pisada na bola

Manoel Mota (MDB) também estava no páreo. Mas não tinha chance se fosse para a disputa contra Saretta. O emedebista já tem que se dar por satisfeito por ter assumido no lugar de Aldo Schneider. Assim como Pavan, ele também está em fim de carreira, mas também não mereceu a homenagem final em função de um erro que cometeu. Assim que assumiu, Mota demitiu todo o pessoal de Aldo. Sem qualquer conversa ou aviso. Isso repercutiu muito mal no MDB e nas demais bancadas. O ex-presidente da Casa era benquisto em todos os partidos.

Foto>Eduardo Guedes, Ag. Alesc