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Crise na Civil: Naatz reitera que esclarecimento público é necessário

O  deputado Ivan Naatz , líder da bancada do PL na Assembleia Legislativa, reiterou durante o final de semana que considera oportuna a presença dos delegados Akira Sato( ex-Delegado Geral da Polícia Civil)  e Jefferson Prado e a delegada Beatriz Ribas ( ambos do Deic- Diretoria Estadual de Investigações Criminais), que foram convidados , conforme requerimento de sua autoria, aprovada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público,  para avaliar na Assembleia Legislativa notícias veiculadas pela imprensa sobre um suposto caso de corrupção envolvendo o setor de Segurança Pública de Santa Catarina.

Como a presença não é compulsória ( obrigatória) e cabe aos delegados decidirem se aceitam o comparecimento junto à Comissão, Naatz enfatiza que seria a oportunidade de ajudarem no amplo esclarecimento dos fatos junto a opinião pública , já que o governo, segundo o parlamentar , não explicou detalhadamente o caso da demissão do delegado geral e a remoção e remanejamento  de outros delegados em atividades investigativas internas , apenas alegando “genericamente” problemas pessoais e de saúde.

De acordo com Naatz, a crise que se instalou na Polícia Civil diante destes e de outros fatos anteriores , é muito grave porque não se resume somente à categoria , mas com reflexos no setor de segurança pública como um todo, podendo afetar a prestação do serviço à população.  Segundo o parlamentar, as supostas irregularidades envolveriam “vendas com dispensa de licitação superfaturadas; vendas de licenças ambientais dentro do IMA [Instituto do Meio Ambiente]; um grupo que teria atuado dentro das instituições do governo com o objetivo de fraudar licitação e de se prevalecer de uma aproximação que teriam com o governador Carlos Moisés para firmar esses contratos”.

Em função disso, justificou Naatz, foram convidados os delegados Prado, que investiga os contratos, a delegada Beatriz, que investiga o IMA, e o delegado Sato. “O que teria levado ele a ficar só dez dias à frente da Delegacia Geral da Polícia Civil e sem falar com a imprensa, sem ter conversado com a sociedade a respeito. Se foi, de fato, problema de saúde, por que então chegou a assumir ? “, indagou .

Naatz  acrescentou ainda que a intenção é cumprir “o papel constitucional do parlamento de ouvir os servidores, dar proteção para eles, estabelecer garantias para que possam conversar sem medo de qualquer represália e, também, divulgar para Santa Catarina o que aconteceu”.

Outro requerimento que ainda está aguardando votação para esta semana na Mesa Diretora da Alesc, é para que o novo Delegado Geral da Polícia Civil,  Marcos Ghizoni fale na Assembleia Legislativa sobre suas expectativas à frente da Polícia Civil. “E como ele pretende resolver essa crise.  Porque alguns delegados  removidos e agora renomeados  se recusam a voltar para seus postos na DEIC. Se, de fato, o governo tem agido para impedir investigações que estariam muito próximas de pessoas do alto escalão do governo Carlos Moisés. São casos graves e de interesse público que não podem ser resolvidos com uma operação abafa o caso”,  concluiu.