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Custo do transporte da indústria de SC aumenta 75%

Estudo da FIESC/UFSC sobre custos logísticos revela que o componente transporte passou de R$ 0,04 por real faturado em 2017 para R$ 0,07 no estudo atual. Apesar da elevação, o custo logístico global da indústria por real faturado é de R$ 0,11, valor menor que em 2017 quando era R$ 0,14. Essa redução é explicada pelo aumento da eficiência das empresas no gerenciamento de estoques
O custo do transporte da indústria catarinense passou de R$ 0,04 por real faturado em 2017 para R$ 0,07 por real faturado em 2022, revela estudo realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) e pela UFSC, e divulgado nesta terça-feira, dia 9. “Houve uma elevação de 75% no custo de transporte, ocasionado, principalmente, pela precariedade da malha rodoviária catarinense”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. Essa é a terceira edição do estudo que avaliou 13 setores da indústria catarinense.

A análise mostra ainda que o custo logístico total da indústria catarinense, considerando os componentes transporte, estoque e armazenagem, passou de R$ 0,14 por real faturado em 2017 para R$ 0,11 por real faturado na pesquisa atual. O aumento da eficiência da indústria no gerenciamento de estoques explica a redução global do custo, o que levou a uma queda de 75% neste quesito, que passou de R$ 0,08 em 2017 para R$ 0,02 em 2022. Já a armazenagem passou de R$ 0,01 em 2017 para R$ 0,02 em 2022. “A indústria vem fazendo o dever de casa e investindo na melhoria interna da gestão de estoques. Contudo, a parcela que mais pesa na composição total dos custos logísticos é o transporte, que representa 63,6% do total”, afirma Aguiar.

O presidente da FIESC ressalta que o estudo reforça a realidade demonstrada ao longo dos anos pela entidade sobre a precariedade da infraestrutura, principalmente das rodovias, que representam 69% da matriz de transporte catarinense. “É necessário um movimento em prol de recursos e na busca por uma gestão eficiente para dar andamento às obras de duplicação e de restauração e recuperação da malha rodoviária catarinense”, propõe. A pesquisa indica, ainda, que a redução de 1 centavo no custo logístico catarinense representaria uma economia de cerca de R$ 4 bilhões por ano, considerando o PIB do estado, estimado em R$ 400 bilhões (dados de 2021).

A FIESC defende que seja priorizada a destinação de emendas dos parlamentares federais catarinenses, a partir de 2024, para conclusão das obras das BRs 470, 280, 163 e 285. E também que seja firmado um pacto entre o Poder Executivo federal e o Fórum Parlamentar Catarinense, que permita ter previsibilidade e segurança nos investimentos. É necessário, ainda, dotar um valor factível na Lei Orçamentária Anual (LOA) e mobilizar o executivo federal e os parlamentares (emendas), com compromisso de garantia dos recursos a partir de 2024. O pacto propõe, ainda, foco na gestão, sob coordenação do DNIT (SC), com a realização de um cronograma com execução de acordo com o previsto e a capacidade, evitando as paralisações de obras.

foto>Arteris, divulgação

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