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Deputado Vampiro critica proposta de pedágio no trecho Sul da BR-101

Audiência Pública realizada na manhã desta quarta-feira (17) em Florianópolis discutiu o edital de exploração da rodovia BR-101 no trecho sul, que vai de Paulo Lopes a São João do Sul. 

Prefeitos e deputados do sul do estado se manifestaram contra o modelo apresentado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Participaram os prefeitos Hélio Cesar Alemão (Siderópolis), Mauro Candemil (Laguna), Joares Ponticelli (Tubarão), Nadir Rodrigues (Paulo Lopes) e os deputados Valmir Comin, Manoel Mota e Luiz Fernando Vampiro. 

O deputado Luíz Fernando Vampiro (MDB) criticou a “quantidade excessiva de praças de pedágios e o alto valor proposto para a tarifa”, que é maior a que hoje é praticada no único pedágio no trecho sul, em Paulo Lopes, que cobra dos usuários de automóveis R$ 2,70. 

“A região sul de Santa Catarina já foi muito prejudicada economicamente com o atraso na duplicação da BR-101. Quatro pedágios é um absurdo, é demais e o valor muito alto”, disse Vampiro. 

 A proposta é instalar quatro pedágios em Laguna (km 298), Tubarão (km 346), Araranguá (km 408) e São João do Sul (km 460), com valor de R$ 3,97 para veículos de passeio em cada praça. 

 Nesta quinta (18), o tema volta a ser debatido na segunda audiência pública, às 14 horas no Sisos Hall, em Criciúma. A terceira audiência pública sobre a concessão e exploração da BR-101 no trecho sul será realizada em Brasilia no dia 22 de outubro. 

 O trecho da rodovia federal a ser concedido é de 220,42 quilômetros, do km 244+680 ao km 465+100. Neste trajeto, a BR-101 passa por 17 municípios do sul catarinense.

 O modelo de concessão prevê investimentos de R$ 2,9 bilhões em 30 anos de administração pela iniciativa privada. O custo  operacional previsto é de R$ 3,6 bi em conservação, operação e monitoramento.

 Os estudos indicam que devem ser gerados 1.540 empregos, sendo 1030 diretos e 510 indiretos. O retorno para a sociedade, segundo a ANTT, será a geração de R$ 574 milhões em impostos ao longo 30 anos, R$ 23 milhões em pesquisas de desenvolvimento tecnológico e R$ 13 milhões em programas de segurança de trânsito.

 Entre os benefícios elencados pela ANTT estão a redução dos custos operacionais, no tempo de viagem, aumento conforto do usuário e redução de acidentes.

 Com a concessão, no primeiro ano deverão ser feitas intervenções emergenciais e nova sinalização. Do segundo ao quinto ano será feita a recuperação integral com novo pavimento. Depois disso projeta-se a abertura de 7 novas vias marginais em Garopaba, Imbituba, Capivari, Tubarão, Criciúma, Araranguá e São João do Sul. A ampliação de capacidade com faixas adicionais está prevista a partir do 19º ano, segundo estudo técnico da ANTT.