Blog do Prisco
Coluna do dia

Dia D no STF

Dia D no STF

Todos os olhos da política nacional devem se voltar para o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira. Ali, o moribundo governo Dilma pode sofrer duas novas derrotas caso o plenário da Casa acate as alegações do relator, ministro Gilmar Mendes, e vete a nomeação de Lula da Silva para a Casa Civil.

Os magistrados também podem decidir hoje o mérito da chamada Tese de SC, questionando a cobrança de juros sobre juros na dívida do Estado com a União.

No primeiro caso, o Planalto sairá derrotado se os ministros entenderem que a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil seria “desvio de finalidade.” Já haveria provas suficientes escancarando que a cartada tem como objetivo conceder foro privilegiado ao ex-metalúrgico. Investido no ministério, ele atuaria fortemente no sentido de obstruir a Justiça no contexto da Operação Lava Jato.

No segundo, até mesmo a comentarista de economia da Rede Globo, Míriam Leitão, que discorda abertamente da iniciativa catarinense e dos demais Estados que conseguiram liminares para rever o indexador das dívidas, declarou que há indícios fortes de que o governo federal pode sair derrotado por cometer vários erros de gestão neste processo de renegociação dos débitos com as unidades federadas.

 

Pressão

Existe a possibilidade de a tese de SC sair vitoriosa no STF. Mas não será fácil. A pressão do governo e do sistema bancário, com apoio da mídia, é fortíssima. A Rede Globo, por exemplo, está insistindo que o sistema todo funciona com juros compostos e que a mudança para juros simples no recáculo das dívidas estaduais poderá acarretar mais impostos no país.

 

Gestos de Américo

Secretário Regional de Chapecó, Américo do Nascimento Júnior (PSD), que era alternativa de consenso do PSD para a disputa majoritária deste ano, praticou novo gesto e vai apoiar o projeto reeleitoral de Luciano Buligon (PSB). Quando José Caramori foi à reeleição, em 2012, Américo já era o nome natural para ser o vice, mas lá já abriu mão para a chegada do próprio Buligon ao grupo, embora não filiado ao PSD.

 

Aposta no futuro

A pedido da cúpula do PSD, o ex-vereador de dois mandatos, segue à frente da Agência de Desenvolvimento Regional. Não disputará o pleito deste ano, mas evidentemente que se credencia para o futuro após o novo gesto praticado. É uma liderança emergente e da mais absoluta confiança de João Rodrigues, Gelson Merísio e José Cláudio Caramori.

 

Irresponsabilidade

Tem tucano querendo fugir da raia agora que Dilma Roussff está na iminência de ser degolada. Depois de atuar fortemente para a legítima derrubada da ex-mãe do PAC, o PSDB tem a obrigação, o dever moral de fazer parte sim do eventual governo de Michel Temer. A questão eleitoral de 2018, pois os tucanos sabem que o problema econômico do país é abissal, deveria ficar em segundo plano. Esse negócio de apoiar no Congresso mas não assumir responsabilidades no Executivo é mais menos como casar para morar em casas separadas. Não existe!

 

Presságio?

O PT esperneou o quanto pôde, mas levou uma goleada de 16 a 5 na abertura dos trabalhos da comissão de impeachment. O placar garantiu o tucano Antônio Anastasia, umbilicalmente ligado a Aécio Neves, na relatoria da comissão especial.