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É preciso desmontar a Ponte Hercílio Luz

A nova controvérsia estabelecida no mundo político-administrativo de Santa Catarina durante a semana foi o valor gasto com as infindáveis reformas da Ponte Hercílio Luz, na Capital. Enquanto o Ministério Público de Contas anunciou que, em 33 anos, escorreram pelo ralo dos contratos mais de meio bilhão, sem qualquer solução para a restauração do cartão-postal Barriga-Verde. O governo reagiu ao número com veemência, afirmando que os gastos não passaram de R$ 200 milhões. Quem tem razão, não se sabe, mas é fato que a situação é vergonhosa e ultrapassou todos os limites. Já passou da hora de desmontar a Hercílio Luz para remontá-la em outro lugar para manter a imagem, a história e a visitação. E só.

ponte h luz

Urge retirar a ponte dali antes que ela caia, o que geraria enormes prejuízos para a imagem de Santa Catarina no Brasil e no mundo, mas também e, preponderantemente, pelo fator humano.

Milhares de veículos passam por baixa dela todos os dias, tanto na área continental quanto na parte insular da Hercílio Luz. Há barcos e muitas pessoas morando próximas à combalida estrutura. É a verdadeira tragédia anunciada.

Só agora?

Inacreditável nessa novela da Hercílio Luz também é a negligência deste Ministério Público de Contas junto ao TCE. Vieram a público posando de paladinos da moralidade, mas a pergunta que não cala é: por que só agora? Mais de 30 anos depois do começo das tais reformas? No mínimo foram negligentes, não cumprindo com suas atribuições constitucionais.

Estrelato

De qualquer forma, a turma do MP junto ao TCE conseguiu seus 15 minutos de fama. O escandaloso caso ganhou espaço até no Jornal Nacional, da Rede Globo.

Professor

Quem vem sustentando com veemência a tese de necessidade de desmonte da Hercílio Luz (para reconstruí-la em outro lugar) é o professor João Maria de Oliveira, que fez parte da equipe do saudoso Alcides Abreu junto com Fernando Marcons de Matos e outros notáveis. Homem preparado e grande formulador, Oliveira também serviu a vários governos, como Celso Ramos, Pedro Ivo Campos e Paulo Afonso Vieira. O professor desenvolveu um estudo neste sentido.

Risco iminente

Já a Associação Catarinense de Engenharia (ACE), com destaque para o engenheiro Honorato Tomelin, vem chamando a atenção para a possibilidade, real, de queda da ponte.

Foto: Júlio Cavalheiro, Secom