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Entidades trabalhistas e patronais entregam a Temer propostas para a retomada do crescimento com geração de empregos

Em reunião no Palácio do Planalto, centrais sindicais e organizações empresariais apresentam documento conjunto com sugestões para a retomada consistente do crescimento da economia e da geração de empregos

Centrais sindicais trabalhistas brasileiras e representantes empresariais entregaram para o presidente Michel Temer, na manhã desta terça-feira (12), em Brasília (DF), um documento com propostas que visam a retomada do desenvolvimento econômico brasileiro, com foco na geração de empregos. A reunião ocorreu após uma prévia das entidade para os últimos acertos em relação às sugestões que foram posteriormente encaminhadas. Participaram a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).  Representando o governo, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Fazenda, Henrique Meireles, do Planejamento, Diogo Oliveira, do Trabalho, Ronaldo Nogueira e o presidente do BNDES, Pauli Rebello de Castro, participaram do encontro. 

Michel Temer entidades

A pauta conjunta entregue à Presidência da República estabelece a retomada do crédito, das obras públicas paralisadas, da revisão de normas do seguro-desemprego, desburocratização da administração, recuperação de passivos fiscais, renovação da frota de veículos e maquinário industrial, construção de moradias populares e promoção do entendimento entre os agentes de petróleo e gás, visando o cumprimento das normas de conteúdo local de forma a destravar os investimentos do setor e gerar demanda para os segmentos nacionais que possuem capacidade de fornecimento com custos e prazos adequados (clique AQUIe baixe a íntegra do documento).

O presidente da NCST, José Calixto Ramos, reforçou o apoio às propostas contidas no documento e destacou a necessidade de o governo trabalhar de forma equilibrada, apoiando trabalhadores e empresários, com medidas urgentes que façam com que volte a geração de empregos no País. “São cerca de 14 milhões de desempregados no Brasil. Se considerarmos que cada trabalhador ou trabalhadora tem sob sua responsabilidade mais três pessoas, teremos então 56 milhões de pessoas que não recebem nenhum tipo de salário no fim do mês, não têm poder de compra e, consequentemente, enfraquencem a economia em todas as suas áreas. Para mudar essa realidade, precisamos reativar setores importantes, como o da construção civil, com a retomada de obras públicas paradas, bem como  novas moradias populares, trazendo de volta os milhares de trabalhadores da construção”, avalia Calixto. O dirigente tambem ressaltou o aumento das parcelas do seguro desemprego, medida que afirmou ser “extremamente necessária” e que precisa ser avaliada pelo governo. “Aumentar essas parcelas do seguro desemprego, criando mecanismos pra que desempregado possa ter acesso a esse importnte instrumento, o governo pode resolver atraves do Fundo de Amparo ao Trabalhador”, finalizou.

Adilson Araújo, presidente da CTB, reafirmou a necessidade de um grande pacto nacional a partir de um melhor diálogo entre o governo com a sociedade civil organizada e as entidades representativas de trabalhadores e empreendedores do setor produtivo. “A agenda comum torna-se urgente diante da necessidade de combater o alto nível de desemprego que nos acomete. Essa abertura de diálogo mostra a disponibilidade das representações da classe trabalhadora em propor e colaborar com soluções práticas para a superação da crise que enfrentamos”, colocou Araújo. 

Na ocasião do evento, o presidente da FIESP, Paulo Skaff, apresentou as linhas gerais das propostas encaminhadas e reafirmou a necessidade da retomada imediata de investimentos do estado como mecanismo central de estímulo ao crescimento. “Hoje, aqui, não há divergência entre nós. O que buscamos nessa oportunidade é essa união das centrais e das organizações empresariais em prol da retomada do emprego. Temos, hoje, a necessidade administrar nossas divergências e reforçar essa necessária aliança em torno do desenvolvimento do país”, destacou. Skaff também ressaltou a necessidade de, em plena crise, destacar os pontos convergentes entre as entidades trabalhistas e patronais, de modo a assegurar a retomada de uma pauta positiva para o país. “A geração de emprego é prioridade para todos os setores”, falou. 

Henrique Meireles disse que ouviu com atenção as intervenções de todos os representantes. No entanto, reforçou a continuidade e manutenção da política econômica do governo. ” Torna-se imprescindível para o controle inflacionário e a manutenção da tendência de queda nas taxas de juros para patamares civilizados, dentro dos padrões internacionais”, declarou. Durante o discurso, Meirelles também destacou que os indicadores econômicos apontam para uma recente “retomada do crescimento”, apresentando “resultados positivos” à partir do ajuste fiscal conduzido pelo governo. “O que precisamos é trabalhar e realizar um esforço conjunto para viabilizar um novo ciclo de desenvolvimento. Para isso, contamos o empenho de cada um de vocês para assegurar os pilares necessários para a superação dos desafios que se deparam”, reforçou o ministro da Fazenda.