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Manchete

Esquerda à beira do abismo

Pelo andar da carruagem, o PT não deverá eleger sequer um prefeito de capital nas eleições brasileiras do próximo domingo. Evidentemente que, nas grandes cidades e as capitais incluídas, a eleição pode ficar para o segundo turno.

Mas, pelas pesquisas preliminares, conforme o Estado de S.Paulo antecipou na sua edição de segunda-feira, das 14 candidaturas do PT, nenhum filiado ao partido apresenta chances reais de vitória ou de carimbar presença no segundo turno.

Em Goiânia há uma perspectiva, mas, mesmo assim não é garantido, assim como em Porto Alegre. Excluindo-se o PT e os partidos de esquerda, o glorioso PSOL está querendo carimbar presença no segundo turno.

Tanto em São Paulo, com Guilherme Boulos, quanto em Florianópolis com Marquito Abreu.

Em ambos os casos, confirmada uma segunda rodada, os favoritos são Ricardo Nunes e Topázio Silveira Neto.

Entre nuvens

Mas, de qualquer maneira, é um dado novo para o PSOL a presença no segundo turno na maior capital brasileira e numa capital com grande visibilidade, Florianópolis.

Andorinha só

E do arco de alianças de esquerda, quais são os candidatos com reais perspectivas? Por enquanto, apenas um. Aliás, tem tudo para ser o recordista de votos nas eleições do primeiro turno, que é justamente João Campos, candidato à reeleição em Recife.

DNA

Ali tem toda uma simbologia do bisavô Miguel Arraes, que foi governador três vezes; do pai Eduardo Campos, que foi governador duas vezes e veio a falecer em acidente aéreo no ano de 2014, quando era candidato à Presidência da República.  O filho dele herdou a dinastia Campos-Arraes.

Prosseguimento

O jovem Campos é um nome fortíssimo ao governo de Pernambuco em 2026. Mas, tirando ele, não tem mais ninguém de esquerda.

Por tabela

É fato que o PT apoia outros candidatos. Aliás, a legenda está se especializando em apoiar candidatos do PSD, partido de Gilberto Kassab. Aqui em Santa Catarina suas principais lideranças se arvoram à condição de bolsonaristas, mas que fora daqui são lulistas de carteirinha.

PSD-PT

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes é candidato à reeleição. Tem grande vantagem, dianteira que já foi maior. Ainda pode haver segundo turno, mas não será surpresa se ele renovar o mandato já no próximo domingo com o apoio do PT, da esquerda.

Pelas beiradas

Assim como em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a terra do Pachequinho, ou do Pachecão, o senador Rodrigo Pacheco, engavetador-geral de impeachment já que ele é o presidente do Senado. Pacheco é pessedista da gema. Bate continência para o chefão Gilberto Kassab.

PSD-Lula

PSD que, é bom sempre lembrar, pilota três ministérios do governo Lula, e também tem espaços no governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo. O próprio Kassab é secretário de governo do estado mais poderoso da nação.

PSD-MDB

O super Kassab também tem vários indicados na administração Ricardo Nunes, do MDB, prefeito da capital paulista e candidato à reeleição. Ou seja, onde tem cargo e poder, o PSD se habilita. E está ali, tricotando com o PT, formando bloco na bancada do Senado, onde PT e PSD atuam sempre juntos.

Protocolar

O quadro é mais ou menos esse. Em Santa Catarina, PSD e PT mantém uma distância regulamentar. Resta saber até quando.

Zero x zero

Até porque o PT não vai eleger ninguém para qualquer prefeitura de maior relevo no estado. Vamos considerar sempre os 13 maiores municípios, quase todos com quase 100 mil eleitores. Mesmo se olharmos para os 25 maiores, o PT teria chance em Gaspar. Mas deve perder.

Zero ao cubo

O PT não faz uma vivalma de relevo assim como nenhum partido de esquerda, tipo PDT, PCdoB, PV, PSB e por aí vai. É a derrocada da esquerda catarinense.

foto>Diap, divulgação

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