Blog do Prisco
Manchete

Esse é o MDB nacional!

O MDB já comandou, em diversas oportunidades, as duas Casas Legislativas federais. Inclusive pilotando as duas concomitantemente. Em 2021, contudo, o partido apresentou nomes para os comandos da Câmara e do Senado. E perdeu as duas disputas.
Na Câmara Alta, a derrota teve requintes de crueldade. A candidata do partido não teve o apoio do MDB e fez menos da metade dos votos de Rodrigo Pacheco (DEM), agora presidente do Senado e do Congresso Nacional.

Na Câmara, mais da metade da bancada emedebista não votou no seu próprio candidato, Baleia Rossi. Ele, aliás, assumiu a candidatura e não conversou com absolutamente ninguém. Tratou de acertar os ponteiros com Rodrigo Maia (DEM), que o lançou candidato também sem consultar os correligionários. O resultado agora já faz parte da história: metade da bancada do MDB votou em Arthur Lira, do PP.

O cenário já leva líderes regionais e nacionais do MDB a questionarem a permanência de Baleia Rossi na presidência do partido. Ele chegou à proa federal do MDB pelas mãos do ex-presidente Michel Temer, hoje foram de combate.

Cresce, nas hostes do Manda Brasa, a ideia de se fazer uma convocação da Executiva nacional para a escolha de um novo diretório e de um novo presidente para pilotar o MDB com a missão de manter o partido forte nas eleições de 2022.

Ao se atrelar a um líder do DEM, cuja bancada não correspondeu a Rodrigo Maia, e tendo ele próprio não canalizado o respaldo da maioria dos deputados do partido que ele preside, Baleia Rossi deu dois tiros no pé com a mesma bala! E claudica internamente.

Na seção estadual do partido, a realidade é diferente do contexto nacional. É de bom alvitre, no entanto, que os cardeais estaduais do MDB mantenham as barbas de molho, considerando-se que em 2018 o partido sequer foi ao segundo turno da eleição para governador, algo que não acontecia desde 1982.

Senadores do MDB em plenário: Eduardo Gomes (TO), Simone Tebet (MS) e Eduardo Braga (AM) | Foto: Marcos Oliveira | Agência Senado