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FIESC entrega Instituto da Indústria nesta quinta

A estrutura, de 3,3 mil metros quadrados, localizada no Sapiens Parque, no bairro Canasvieiras, vai abrigar o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados e o Centro de Inovação SESI em Tecnologias para Saúde

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Instalação de 3,3 mil metros quadrados no Sapiens Parque, em Florianópolis (foto: Filipe Scotti)

 A FIESC entrega, nesta quinta-feira, dia 15, o Instituto da Indústria, com investimento de R$ 15 milhões e focado no desenvolvimento de inovações para o setor industrial. A estrutura, de 3,3 mil metros quadrados, localizada no Sapiens Parque, no bairro Canasvieiras, em Florianópolis, vai abrigar o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados e o Centro de Inovação SESI em Tecnologias para Saúde.Às 10 horas será realizada apresentação da estrutura e dos projetos à imprensa. A solenidade oficial de entrega está marcada para as 17h30.

Os dois empreendimentos que funcionavam em outros endereços iniciaram suas operações em 2015 e, nesse período, realizaram mais de uma centena de projetos para indústrias do Estado e do País. Esses projetos somam mais de R$ 23,5 milhões, oriundos de fontes de estímulo à inovação, como o Edital de Inovação na Indústria (da CNI), além de recursos das entidades da FIESC, contrapartidas das empresas parceiras e, mais recentemente, da Embrapii.

O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, um dos 25 do gênero instalados no Brasil (três em Santa Catarina), reúne mais de 40 pesquisadores das áreas de hardware, automação, computação em nuvem, inteligência artificial e outras áreas de tecnologias avançadas. No ano passado, o instituto foi credenciado como uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o que lhe permite um aumento significativo no volume de projetos para os próximos anos, com a perspectiva de mobilizar, incluindo contrapartidas das indústrias, mais de R$ 16 milhões somente em 2018. O foco de atuação são os sistemas embarcados, ou seja, inteligência aplicada a máquinas e equipamentos (hardware). O instituto desenvolve sistemas de computação, conectividade e inteligência artificial para o setor industrial, promovendo a inovação para a indústria.

O Centro de Inovação do SESI é um dos oito do País e congrega uma dezena de pesquisadores. São profissionais de áreas ligadas à saúde e tecnologias digitais, atuando no desenvolvimento de projetos e tecnologias voltadas à saúde e segurança no trabalho.

CONHEÇA PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO NO INSTITUTO DA INDÚSTRIA

Centro de Inovação do SESI

O Guidoo é um aplicativo que oferecerá serviços virtuais do SESI, por meio de tele-saúde, além de redes sociais e jogos para promoção de hábitos saudáveis.  A plataforma abrange desde o controle de metas, jornadas gamificadas de bem-estar e atividade física, criação de grupos e gincanas de desafios de saúde com acesso de profissionais da área. Por meio do app, o usuário interage com profissionais da saúde altamente qualificados, recebendo aconselhamento para saúde. A solução permite aplicação individual ou corporativa, engajando as pessoas por meio de atividades, desafios, dicas e informações de saúde, além de ser um guia na escolha do melhor caminho para alcançar o bem-estar, favorecendo a redução do sedentarismo e de custos assistenciais e ocupacionais.

O Seif é uma plataforma de monitoramento e gestão de segurança que permite aos gestores e suas equipes acompanharem o status de segurança das operações em campo, em tempo real. A solução possibilita a diminuição de acidentes, multas por inconformidades e ações trabalhistas. Para isso o Seif conta com sensores de monitoramento de trabalhadores em áreas de risco, além de um software e um aplicativo que permitem a realização de checklists, gestão de equipamentos de proteção individual, recebimento de alertas de risco e integração e tratamento de dados dos dispositivos em campo. O Seif também conta com um totem interativo que possibilita aos trabalhadores receberem informações e minicapacitações de segurança em campo, relacionadas ao trabalho que devem executar. O projeto piloto foi desenvolvido em parceria com a construtora Pasqualotto e 55 trabalhadores de uma obra em Balneário Camboriú receberam capacetes sensoreados que permitem o monitoramento dos profissionais em áreas de risco.

Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados

Inteligência artificial para otimizar processo produtivo

Projetos desenvolvidos pelo SENAI estão em linha com a Internet das Coisas e com a quarta revolução industrial ou Indústria 4.0. É o caso de trabalhos desenvolvidos para Embraco (Joinville), Audaces (Palhoça), Fischer (indústria de sucos, de Fraiburgo) e CNHI (máquinas de construção, de Belo Horizonte). Os projetos envolvem coleta (por sensores ou outros meios) e processamento dos dados que permitem a identificação das melhores alternativas de produção.

Na Audaces, está em desenvolvimento um sistema integrado e automatizado para processamento de dados da produção e melhoria de produtividade do negócio. O sistema organiza e sugere o melhor sequenciamento para a operação de corte de tecidos, diminuindo os gargalos para alcançar o melhor aproveitamento dos equipamentos.

Na Embraco, o projeto consiste no desenvolvimento de uma arquitetura de indústria 4.0 usando tecnologias como Big Data, análise de dados avançada, computação em nuvem e virtualização, possibilitando a integração de dados e auxílio à tomada de decisão para planejamento e otimização das melhorias nas linhas de produção. O processamento e análise deste grande volume de dados armazenados em uma solução Big Data, permite a identificação das principais estações causadoras das perdas na linha de produção. A combinação destes resultados com o modelo de virtualização da linha permite testar milhares de cenários, incluindo novas tecnologias para propor investimentos nas estações, diminuição de perdas de produção e consequente aumento da produtividade e qualidade. Outro propósito é criar uma base para implementações futuras de tecnologias de indústria 4.0 como robótica colaborativa ou autônoma.

Na Fischer, a ideia é que a fábrica aprenda com os dados que produz. A proposta é desenvolver um sistema integrado e automatizado que, com o aproveitamento das automações existentes, criará condições para um balanço ideal de processo, através da análise dos dados coletados como volume de fruta, horário de chegada, suco, tempo de residência, entre outros. O processamento dessas informações permitirá o ajuste guiado automático das condições de operação para melhor desempenho da produção de suco de maçã.

Com a CNHI, foi desenvolvido um sistema remoto para controle de máquinas de construção. O sistema é baseado em comunicação sem fio e permite o controle de acesso através de biometria e de várias funções de operação com um dispositivo portátil, como um smartphone ou um tablete.

Simulador de motor de combustão
A fabricante de autopeças Zen, de Brusque, desenvolveu, em parceria com o SENAI e o SESI de Santa Catarina, um simulador elétrico capaz de reproduzir o comportamento de um motor de combustão interna sem utilizar combustível e, dessa forma, evitar a geração de gases poluentes. O equipamento, que entrou em operação no ano passado, pode gerar economia anual de 11 mil litros de combustível, além de eliminar a emissão de 30 toneladas de gás carbônico (CO²) na atmosfera.  O simulador traz outros benefícios como redução significativa no nível de ruído emitido durante os ensaios, melhores condições ergonômicas e mais segurança no posto de trabalho. O dispositivo oferece flexibilidade para testar qualquer um dos mais de dois mil modelos de impulsores de partida fabricados pela Zen. Com base nas informações do motor de combustão utilizado na aplicação, serão simulados o torque e a velocidade de um propulsor real.