Blog do Prisco
Coluna do dia

Final de Semana

O encolhimento do PT

Em 2002, quando o ex-prefeito de Chapecó, José Fritsch, disputou o governo do Estado pelo PT, o partido teve o maior desempenho da história até hoje em se tratando de eleições majoritárias estaduais. Naquele ano, por míseros 3%, ou 84 mil votos, o petista não foi para o segundo turno no lugar de Luiz Henrique da Silveira, que viria a bater Esperidião Amin no turno decisivo.

Fritsch conquistou 834 mil votos (praticamente 24% do total de sufrágios válidos, um patrimônio mais do que considerável. De lá para cá, o PT só fez encolher nas disputas estaduais. No ano passado, Cláudio Vignatti concorreu ao governo do Estado. Fez  15,50% dos votos ou 534 mil. Uma queda percentual de quase nove pontos em 13 anos. É muita coisa. A anemia petista decorre dos escândalos nacionais que associam o partido à corrupção desenfreada e às eternas divisões da sigla em Santa Catarina. Não por acaso, o próprio Vignatti, que preside o partido, declarou após o congresso estadual da legenda, que reformular e fortalecer o PT daqui pra frente é o maior desafio da história da sigla fundada por Lula da Silva em 1979.

 

 

Menos opções

Lideranças tradicionais do PT catarinense como Ideli Salvatti, Luci Choinacki, Milton Mendes, Carlito Mers e o próprio Fritsch estão sem mandato e sumidos. Ideli, que até abril era ministra, mergulhou. Só se fala nela para ocupar algum cargo fora do país. Para 2018, os nomes do PT estão restritos aos dois deputados federais:  Décio Lima e Pedro Uczai

 

 

Cidades

O PT, que já administrou cidades como Joinville,  Blumenau e Criciúma, hoje não detém o comando de mais nenhuma grande cidade catarinense.

 

 

Gesto

O grupo liderado pelo deputado estadual Marcos Vieira divulgou nota oficial abrindo mão da chapa de oposição ao senador Paulo Bauer, desde que haja unanimidade em torno do nome do outro senador tucano por SC: Dalírio Beber. Embretaram Bauer. Mas ele sinaliza que não vai entrar na dividida e segue em campanha normal para renovar o mandado à frente do PSDB.

 

 

Articulação Nacional

Ancelmo Gois, colunista de O Globo, deu uma nota informando que o catarinense Márcio Zimmermann está trocando a Eletrosul pela Eletrobras. Faz todo o sentido, pois o PMDB catarinense,  com apoio do PT, está respaldando o nome de Djalma Berger, irmão do senador Dário Berger, para a presidência da maior estatal federal do Sul. Do ponto de vista da gestão, se confirmada a informação, seria um desastre. O martelo pode ser batido terça-feira, 9 de junho.

 

 

Diretores

A articulação para guindar Djalma ao comando da Eletrosul deve emplacar, ainda, Cláudio Vignatti em uma diretoria da estatal e o ex-deputado Jailson Lima da Silva em outra. Como há uma vaga, a outra vacância terá que ser provocada com a degola de um dos dois técnicos que hoje estão na diretoria ou do ex-governador Paulo Afonso Vieira. Como o governo vem obtendo vitórias apertadíssimas no Senado, o voto de Berger está cada vez mais precioso. E ele vem votando religiosamente com Dilma Rousseff.

 

 

Canal

Prefeito da Capital, Cesar Souza Junior, vai a Brasília nesta segunda-feira. Tem agenda com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido do mandatário catarinense. Cesar Junior tenta garantir o repasse de recursos para a continuidade de obras na Capital mesmo diante do contingenciamento anunciado por Dilma. No ferido de Corpus Christi, o prefeito vistoriou as obras do elevado do Rio Tavares, na Capital.